A MULTIPLICAÇÃO INCESSANTE DO VALOR: A DIFERENÇA ENTRE ENTESOURADOR E CAPITALISTA EM MARX

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A MULTIPLICAÇÃO INCESSANTE DO VALOR: A DIFERENÇA ENTRE ENTESOURADOR E CAPITALISTA EM MARX

Ano: 2019 | Volume: 1 | Número: 39
Autores: Adriana Santos Tabosa
Autor Correspondente: Adriana Santos Tabosa | [email protected]

Palavras-chave: Capitalista, Dinheiro, Entesourador, Riqueza, Valor

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A proposta deste artigo é analisar a distinção estabelecida por Marx entre
“entesourador” e “capitalista”. Levanta-se como hipótese que o fundamento dessa diferença reside na finalidade da multiplicação incessante do valor para ambos. Tanto o entesourador quanto o capitalista agem por um impulso pelo enriquecimento. Contudo, o entesourador acumula dinheiro como dinheiro, ao passo que o capitalista acumula dinheiro como capital. Enquanto o entesourador retém o dinheiro da circulação, o capitalista empenha-se em fazer o dinheiro circular, indefinidamente. Não obstante, parte-se do princípio que essa multiplicação incessante do valor praticada por um e outro possui causas distintas. Do ponto de vista psicológico, o entesourador ama o dinheiro em seu perpétuo estado de potência. O capitalista tem por móbil a valorização do valor como uma finalidade em si mesma. O movimento insaciável do capital é um reflexo da sua própria cupidez.



Resumo Inglês:

The proposal of this paper is to analyze the distinction established by Marx between "miser" and "capitalist". It rises as a hypothesis that the basis of this difference lies in the purpose of the incessant multiplication of value for both. Each one act for an impulse for enrichment. However, the miser accumulates money as money, while the capitalist accumulates money as capital. While the miser retains money from circulation, the capitalist strives to make money circulate indefinitely. Nevertheless, it is assumed that this incessant multiplication of the value practiced by both has different causes. From a psychological perspective, the miser desires money in its perpetual state of potency. The capitalist takes for granted the valuation of value as an end in itself. The insatiable movement of capital is a reflection of its own cupidity.