A PRÁTICA DA FITOTERAPIA A PARTIR DO CONHECIMENTO POPULAR EM TRÊS COMUNIDADES DO VALENTINA, JOÃO PESSOA – PARAÍBA

Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança

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ISSN: 23177160
Editor Chefe: Josane Cristina Batista Santos
Início Publicação: 30/07/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Medicina Veterinária, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A PRÁTICA DA FITOTERAPIA A PARTIR DO CONHECIMENTO POPULAR EM TRÊS COMUNIDADES DO VALENTINA, JOÃO PESSOA – PARAÍBA

Ano: 2013 | Volume: 11 | Número: 3
Autores: e Lima, L., Polizelli, M., de Miranda, T., de Araújo, I., & Pinto, D.
Autor Correspondente: Laís de Lisboa e Lima | [email protected]

Palavras-chave: Fitoterapia, Serviço de saúde comunitário, Plantas medicinais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos tornou-se uma alternativa eficaz para as necessidades de saúde das comunidades. Sendo assim, o Brasil adotou a fitoterapia como prática integrativa e complementar da medicina, mediante diretrizes do Ministério da saúde, promovendo sua implantação no Sistema Único de Saúde. No entanto, apesar da difusão desta prática, o uso de plantas medicinais muitas vezes não é feito corretamente, principalmente no que se refere ao modo de preparo, posologia e informações sobre contra-indicações e efeitos adversos. Desta forma, torna-se de fundamental importância alertar a comunidade que apesar de natural, toda planta possui princípios ativos que podem resultar em intoxicações e outras complicações, se utilizados inapropriadamente. Diante do contexto, o presente trabalho objetivou fazer um levantamento de informações sobre a prática da fitoterapia em 3 comunidades do Valentina, assistida pela Unidade de Saúde da Família (USF) Ipiranga, no município de João Pessoa- Pb. Este trabalho faz parte do Projeto de Extensão “Educação Popular em Saúde na Comunidade”, autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, através do protocolo 44/2012. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa exploratória descritiva entre o período de setembro e outubro de 2012, durante o qual foram feitas visitas domiciliares a 120 famílias, utilizando-se como instrumento um questionário previamente elaborado, o qual foi aplicado às mesmas. De acordo com as entrevistas, 15 plantas foram relatadas como utilizadas pela comunidade estudada, para diversas finalidades, sendo as mais usadas, por ordem de frequência, a erva cidreira, boldo, capim santo, erva doce, camomila e hortelã da folha miúda. No presente estudo constatou-se que 38% da população utilizam o modo decocção em suas preparações fitoterápicas, enquanto que 7% fazem uso da infusão, verificando-se muitas vezes o preparo do chá de forma incorreta, o que faz a planta perder parte de suas propriedades terapêuticas.A maioria dos entrevistados afirmou não conhecer nenhuma contra indicação para o uso dessas plantas e revelaram faz era identificação dessas através da forma e do cheiro característicos, utilizando a fitoterapia por indicação familiar. Mediante o pequeno conhecimento da população, faz-se necessário a capacitação da comunidade,visando garantir a qualidade, a eficácia e segurança no uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos



Resumo Inglês:

The use of medicinal plants and herbal medicines has become an effective alternative to the health needs of communities. Thus, Brazil adopted herbal medicine as an integrative and complementary practice of medicine, through guidelines from the Ministry of Health, promoting its implementation in the Unified Health System. However, despite the spread of this practice, the use of medicinal plants is often not done correctly, especially with regard to the mode of preparation, dosage and information on contraindications and adverse effects. Thus, it is of paramount importance to warn the community that although natural, every plant has active ingredients that can result in poisoning and other complications if used inappropriately. Given the context, the present study aimed to gather information on the practice of herbal medicine in 3 communities of Valentina, assisted by the Family Health Unit (USF) Ipiranga, in João Pessoa-Pb. This work is part of the Project Extension “Popular Health Education in the Community”, authorized by the Research Ethics Committee, through protocol 44/2012. To this end, a descriptive exploratory qualitative research was conducted between September and October 2012, during which home visits were made to 120 families, using a previously prepared questionnaire, which was applied to them. According to the interviews, 15 plants were reported to be used by the community studied for various purposes, the most commonly used in order of frequency being lemon balm, boldo, holy grass, fennel, chamomile and mint. In the present study it was found that 38% of the population use the decoction mode in their herbal preparations, while 7% make use of the infusion, often making the incorrect preparation of tea, which makes the plant lose part of Most of the interviewees stated that they did not know any contraindications to the use of these plants and revealed their identification through their characteristic form and smell, using herbal medicine as a family indication. Due to the little knowledge of the population, it is necessary to build community capacity to ensure the quality, effectiveness and safety of the use of medicinal plants and herbal medicines.