Cultura e arte no MST em tempos de globalização neoliberal

Artcultura

Endereço:
AV: JOãO NAVES DE ÁVILA, 2121
Uberlândia / MG
0
Site: https://seer.ufu.br/index.php/artcultura
Telefone: (34) 3239-4130
ISSN: 2178-3845
Editor Chefe: Adalberto Paranhos e Kátia Rodrigues Paranhos
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Cultura e arte no MST em tempos de globalização neoliberal

Ano: 2013 | Volume: 15 | Número: 26
Autores: Vanderlei J. Zacchi
Autor Correspondente: Vanderlei J. Zacchi | [email protected]

Palavras-chave: sem-terra; indústria cultural; globalização.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Arte e cultura desempenham um papel fundamental na atuação política do MST e podem se converter num elemento-chave de resistência ao que o movimento considera uma homogeneização cultural em torno de atributos oriundos de um país em particular: os Estados Unidos. Isso estaria se intensificando com o processo atual de globalização, principalmente em sua vertente neoliberal. Em resposta a essa tendência, o MST tem procurado promover expressões culturais baseadas nas tradições populares brasileiras, de forma a se contrapor tanto à influência cultural norte-americana quanto a uma homogeneização estética pela qual a indústria cultural seria a maior responsável. Porém, o movimento corre o risco de cair num essencialismo que pode impedir a multiplicidade que seria ela própria um obstáculo à homogeneização, e ao reduzir a esté- tica a uma prática política confere à arte o estatuto de mero instrumento pedagógico.



Resumo Inglês:

Art and culture play an important role in the landless movement’s political action. They can also become a key element in resisting a cultural homogenisation supposedly set in motion by neoliberal globalisation around features originated in one country in particular: the United States. In response to such a tendency, the MST has sought to promote Brazilian-based popular cultural practices in order to counter both U.S. cultural influence and an aesthetic homogenisation brought about by the culture industry. However, the movement runs the risk of falling into a kind of essentialism, preventing the rise of multiplicity as a necessary antidote to homogenisation itself. By reducing the aesthetic to the political, the landless attribute to art the status of a mere pedagogical instrument.