Zona de contato em ruínas: silenciamentos e memórias da exposição colonial de Nápoles de 1940

Proa

Endereço:
Rua Sérgio Buarque de Holanda - 421 - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083-859
Site: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa
Telefone: (19) 3521-1612
ISSN: 2175-6015
Editor Chefe: Christiano Key Tambascia
Início Publicação: 01/11/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Zona de contato em ruínas: silenciamentos e memórias da exposição colonial de Nápoles de 1940

Ano: 2023 | Volume: 13 | Número: Não se aplica
Autores: Silva, João Pedro Rangel Gomes da
Autor Correspondente: João Pedro Rangel Gomes da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Racismo, Colonialismo italiano, Arte e poder, Fotografia, Exposição colonial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Meu objetivo neste artigo é explorar a sobrevivência da tradição expositiva racista do ocidente de exposições coloniais e universais, que expunham o exótico selvagem em relação ao, supostamente, civilizado branco europeu. Para isso tenho como objeto central a Exposição Colonial de Nápoles, a memória produzida (ou não) sobre este acontecimento no site atual do complexo expositivo e suas repercussões contemporâneas em debates sobre o restauro de edifícios da antiga Exposição Colonial. As questões centrais são: como o passado colonial pode ser deixado de fora ao se falar sobre o atual complexo expositivo Mostra d’Oltremare? Como isso ocorre até mesmo em discussões sobre restauração do espaço? O que possibilita esse agenciamento do passado colonial? A metodologia adotada para respondê-las é uma análise documental das fontes e suas imagens na forma de uma montagem, à luz das reflexões sobre pensamento por imagens e montagem de Samain (2012), Bruno (2009) e Warburg (2010).



Resumo Inglês:

My goal in this article is to explore the survival of the occidental racist exhibition tradition of colonial and universal exhibitions, that exposed the exotic in relation to the supposedly white civilized European. I have as my main object the Colonial Exhibition of Naples, the memory produced (or not) about this event on the actual website of the expositive complex, and the contemporary repercussions in debates about the restoration process of the old Colonial Exhibition. The central questions are: How the colonial past could be left out in speaking about the actual expositive complex Mostra d’Oltremare? How does this occur even in discussions about space restoration? What makes this colonial past agency? The metho-dology adopted to address them is a documentary analysis of the sources and their images in the form of a montage, in light of reflections on thinking through images and montage by Samain (2012), Bruno (2009), and Warburg (2010).



Resumo Espanhol:

Mi objetivo en este artículo es explorar la supervivencia de la tradición expositiva occidental racista de exposiciones coloniales y universales, que expuso al salvaje exótico en relación con el europeo blanco supuestamente civilizado. Para ello, me centro en la Exposición Colonial de Nápoles, la memoria producida (o no) sobre este acontecimiento en el actual recinto del complejo expositivo y sus repercusiones contemporáneas en los debates sobre la restauración de edificios de la ex Exposición Colonial. Las preguntas centrales son: ¿Cómo se puede dejar de lado el pasado colonial cuando se habla del actual complejo de exposiciones Mostra d’Oltremare? ¿Cómo ocurre esto en las discusiones sobre la restauración del espacio? ¿Qué hace posible este ensamblaje del pasado colonial? La metodología adoptada para responderlas es un análisis documental de las fuentes y sus imágenes en forma de montaje, a la luz de reflexiones sobre el pensamiento a través de imágenes y montaje de Samain (2012), Bruno (2009) y Warburg (2010).