Zé do Caixão: Humano, demasiado humano

Viso: Cadernos de estética aplicada

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Editor Chefe: Vladimir Vieira
Início Publicação: 31/12/2006
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Zé do Caixão: Humano, demasiado humano

Ano: 2009 | Volume: 3 | Número: 6
Autores: Marko Monteiro
Autor Correspondente: Marko Monteiro | [email protected]

Palavras-chave: cinema, filosofia alemã, Nietzsche, Mojica Marins

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto propõe uma interpretação do principal personagem do cineasta José Mojica Marins, o notório Zé do Caixão, a partir de um conceitual perspectivista, tendo como pano de fundo a recusa nietzscheana da moral. Centrado numa análise do filmeÀ meia noite levarei a sua alma(1964), no qual Mojica apresenta a origem e a morte do personagem, o trabalho discute algumas opções estéticas do diretor como relacionadas a uma busca de tornar visível a recusa da moral e a vivência da vontade de poder como “continuidade do sangue”. O texto conclui que o gênero “horror” serve, na obra de Mojica Marins, como espaço estético experimental para representar visualmente um personagem cuja ideologia incorpora a recusa do pensamento moralista, buscando tornar inteligível uma zona cinzenta da representação.



Resumo Inglês:

The article proposes an interpretation of filmaker José Mojica Marins' mais character, the infamous Coffin Joe (Zé do Caixão), from a perspectivist point of view inspired by Nietzsche's critique of morality. Centered on an analysis of the film At Midnight I'll Take your Soul (1964), in which Mojica narrates the origin and demise of the character, the article discusses some of the director's aesthetic options as related to an attempt to make visible the denial of morality and the experience of the will to power as "continuity of the blood". The analysis concludes that the horror genre enables Mojica to create an experimental aesthetic space in which to visually represent a character whose idelogy incorporates the refusal of moralist thinking. He thus attempts to make intelligible a gray area of representation.