VIVER DE MÚSICA: EMPREENDEDORISMO CULTURAL E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Cadernos de Estudos Sociais

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ISSN: 2595-4091
Editor Chefe: Beatriz Mesquita
Início Publicação: 01/01/1985
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Arqueologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Demografia, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Turismo

VIVER DE MÚSICA: EMPREENDEDORISMO CULTURAL E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Ano: 2018 | Volume: 33 | Número: 1
Autores: A. C. Cerqueira
Autor Correspondente: A. C. Cerqueira | [email protected]

Palavras-chave: Trabalho artístico, música, mercado cultural, política cultural, precarização.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo é parte de uma tese de doutorado que analisa as condições de trabalho na indústria cultural, por meio de entrevistas com 22 músicos independentes. Olhar para a categoria profissional dos músicos pela ótica da sociologia do trabalho colabora para descortinar a realidade de uma categoria pouco estudada no Brasil: a do artista trabalhador empresário de si mesmo. Trata-se de não somente considerar a atividade artística como profissão, mas também enquanto expressão paradigmática das transformações do mercado de trabalho atual. Para entender “como viver de música” e seus significados no mundo trabalho, esse artigo aborda o engendramento de comportamentos e práticas ditas empreendedoras, presentes nos discursos dos músicos entrevistados, e suas relações com as facetas da precarização. Compreender as especificações que permitem desenhar as morfologias do músico independente colabora para o debate teórico do trabalho artístico e das políticas públicas da cultura e da comunicação, em suas articulações fundamentais. 



Resumo Inglês:

This article is part of a doctoral thesis that analyzes the conditions of work in the cultural industry, through interviews applied on 22 independent musicians. Looking at the professional category of musicians from the perspective of the sociology of work heps to reveal the reality of a category that is not studied in Brazil: that of the artist who works as an entrepreneur for himself. It is not only about considering the artistic activity as a profession, but also as a paradigmatic expression of the transformations of the current labor market. In order to understand "how to make a living from music" and what that means in the work environment, this article approaches the engendering of behaviors and practices considered as entrepreneurlike, present in the discourses of the musicians interviewed, and their relation with the facets of work insecurity. Understanding the specifications that make up the morphologies of an independent musician, collaborates to the theoretical debate over artistic work and the public policy of culture and communications, regarding their fundamental articulations.



Resumo Espanhol:

Este artículo es parte de una tesis de doctorado que analiza las condiciones de trabajo en la industria cultural, a través de entrevistas con 22 músicos independientes. Mirar hacia la categoría profesional de los músicos por la óptica de la sociología del trabajo colabora para desvendar la realidad de una categoría poco estudiada en Brasil: la del artista trabajador empresario de sí mismo. Se trata no sólo de considerar la actividad artística como profesión, sino también como expresión paradigmática de las transformaciones del mercado de trabajo actual. Para entender "cómo vivir de música" y sus significados en el mundo del trabajo, este artículo aborda el engendramiento de comportamientos y prácticas denominadas emprendedoras, presentes en los discursos de los músicos entrevistados, y sus relaciones con las facetas de la precarización. Comprender las especificaciones que permiten diseñar las morfologías del músico independiente colabora para el debate teórico del trabajo artístico y de las políticas públicas de la cultura y de la comunicación, en sus articulaciones fundamentales.