Videolaringoscopia e Atividade de Pepsina na Saliva em Voluntários com Sintomas Sugestivos de Refluxo Laringofaringeo

Arquivos Internacionais De Otorrinolaringologia

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ISSN: 18094872
Editor Chefe: Prof. Dr. Geraldo Pereira Jotz
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Videolaringoscopia e Atividade de Pepsina na Saliva em Voluntários com Sintomas Sugestivos de Refluxo Laringofaringeo

Ano: 2008 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: L. A. A. Mota, A. C. O. D. Santos, B. C. de M. Júnior, R. de O. Travassos, M. S. I. Mel
Autor Correspondente: Luiz Alberto Alves Mota | [email protected]

Palavras-chave: videolaringoscopia, refluxo laringofaringeo, pepsina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: O refluxo laringofaríngeo (RLF) é uma variação clínica da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), manifestandose
com queixas otorrinolaringológicas como: rouquidão, pigarro, tosse, globus faríngeo, odinofagia, estridor
laríngeo e disfagia.
Objetivo: Verificar a atividade de pepsina na saliva dos voluntários com sintomas sugestivos de RLF e correlacionar com
os possíveis achados na videolaringoscopia.
Tipo de Estudo: Descritivo e transversal.
Casuística e Método: Foram selecionados 20 pacientes que concordaram em serem voluntários, com sintomas sugestivos de RLF, em
condições sócio-econômico-geográficas similares, no período de agosto de 2005 a julho 2006. Todos os voluntários
responderam ao questionário sobre sinais e sintomas laringofaringeos, tiveram sua saliva coletada para posterior
dosagem de pepsina e foram submetidos à videolaringoscopia.
Resultados: Os sinais e sintomas mais freqüentes entre os voluntários foram: rouquidão (90%), pigarro (75%), globus faríngeo
(70%), tosse crônica (70%), engasgo (65%), aftas (60%), disfagia (55%) e otalgia (50%). Os achados de
videolaringoscopia compatíveis com refluxo laringofaringeos, foram observados em 50% dos voluntários com
queixas vocais. A atividade de pepsina na saliva foi positiva em 8 (40%) dos voluntários, sendo 5 compatíveis
com os achados à videolaringoscopia.
Conclusão: Observou-se atividade de pepsina na saliva em metade dos voluntários com achados na videolaringoscopia
compatíveis com RLF. Verificou-se atividade de pepsina na saliva em voluntários com sintomas de RLF e que
não apresentaram alterações à videolaringoscopia, sugerindo a possibilidade de avaliação e seguimento, antes
mesmo da presença de alterações laríngeas.



Resumo Inglês:

Introduction: The laryngopharyngeal reflux is a clinical variation of the Gastroesophageal Reflux Disease, presenting with
otolaryngologic complaints as: hoarseness, throat clearing, cough, globus pharingeus, odinophagia, laryngeal
stridor and dysphagia.
Objective: To identify the presence of pepsin in salive of volunteers with laryngopharyngeal reflux symptoms and to
correlate with the videolaringoscopy findings.
Type of study: Descriptive and transversal.
Method: Twenty patients were selected with laryngopharyngeal reflux diagnosis. All of them had very similar regarding
social-economic-geographical conditions, in the period from August of 2005 to July of 2006. All the patients
also answered a questionnaire about laryngopharyngeal signs and symptoms. They had their salive collected
for posterior pepsin ratio and they were submitted to videolaringoscopy exam.
Results: The most frequent symptoms between the volunteers were: hoarseness (90%), throat clearing (75%), globus
pharingeus (70%), chronic cough (70%), choke (65%), oral ulcers (60%), dysphagia (55%) and otalgia (50%).
The videolaringoscopy findings compatible with laryngopharyngeal reflux were observed in 50% of the volunteers
with vocal complaints. The pepsin activity in salive was positive in 8 (40%) of the volunteers, being 5 compatible
ones with the result of the videolaringoscopy.
Conclusions: It was observed pepsin activity in salive in half of the volunteers with videolaringoscopy findings witch it is
compatible with laryngopharygeal reflux. It was verified pepsin activity in salive of volunteers with
laryngopharyngeal reflux symptoms and from the ones who did not present videolaringoscopy disorders,
suggesting the possibility of follow-up, even before laryngeal disorders.