VIDA NA EXISTÊNCIA: A UNIDADE DOS MODOS DE SER COMPOSICIONAL E CONSTITUCIONAL

Síntese

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

VIDA NA EXISTÊNCIA: A UNIDADE DOS MODOS DE SER COMPOSICIONAL E CONSTITUCIONAL

Ano: 2021 | Volume: 48 | Número: 151
Autores: Róbson Ramos dos Reis
Autor Correspondente: Róbson Ramos dos Reis | [email protected]

Palavras-chave: Heidegger. Pluralismo ontológico. Composição. Constituição. Vida. Existência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Resumo: No presente artigo, examino o problema da unidade de modos de ser no marco do pluralismo ontológico hermenêutico. Tomando como referência o pluralismo ontológico formulado por Heidegger no projeto da ontologia fundamental, analiso a relação de dependência entre o modo de ser da existência e o modo de ser da vida orgânica. A partir da distinção entre composição e constituição, sustento a tese de que, no ser humano, a existência perfaz o modo de ser constitucional, sendo a vida orgânica o modo composicional. O modo de ser da vida é apresentado como fundante do modo de ser da existência. A relação de fundação é analisada como uma dependência existencial genérica e permanente, mas não como uma relação de dependência essencial. Além disso, examino a dependência epistêmica da vida em relação ao modo de ser da existência. Num sentido não trivial, a dependência epistêmica compromete-se com uma posição robusta, segundo a qual o acesso à vida dos organismos é dependente do acesso à vida que compõe a existência humana. Concluo com o esboço de um programa de tematização dos fenômenos disruptivos em que a vida se torna perspícua na existência.



Resumo Inglês:

Abstract: In this paper, I examine the problem of the unity of ways of being within the framework of hermeneutic ontological pluralism. Considering the ontological pluralism formulated by Heidegger in the project of fundamental ontology, I analyse the dependence relation between the way of being of existence and the way of being of organic life. Based on the distinction between composition and constitution, I suggest that in the human being existence makes up the constitutional way of being, while organic life is the compositional one. The way of being of life is presented hereby as a quite specific foundation of the way of being of existence. The grounding relationship is elucidated as a generic and permanent existential dependency, but not as an essential dependency relationship. In addition, I examine the epistemic dependence of life on the way of being of existence. In a non-trivial sense, epistemic dependence is committed to a robust position, according to which access to life of organisms is dependent on access to life that makes up human existence. I conclude with the outline of a program for addressing the disruptive phenomena in which life becomes perspicuous in human existence.­