Vídeos confessionais do youtube: análise de um dispositivo

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Editor Chefe: Prof. Luiz Henrique Barbosa
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

Vídeos confessionais do youtube: análise de um dispositivo

Ano: 2011 | Volume: 13 | Número: 13
Autores: Marcus Guilherme Pinto de Faria Valadares
Autor Correspondente: Marcus Guilherme Pinto de Faria Valadares | [email protected]

Palavras-chave: Dispositivo, confissão, força, visibilidade, enunciação, subjetivação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os vídeos confessionais que se proliferam pelo site YouTube precisam ser pensados não como materiais simplesmente dispostos em uma mídia ou consequência de uma tecnologia, mas como processos que surgem de uma demanda, da urgência de um dispositivo. O YouTube, dessa maneira, é tido como dispositivo, espaço dinâmico, aberto e em constante desterritorialização, que lança suas linhas de estratificação e de fissura. Essas linhas, inspiradas na discussão de Gilles Deleuze, materializam-se na análise do objeto para compor os quatro operadores analíticos – linhas de força, linhas de visibilidade, linhas de enunciação e linhas de subjetivação – que servirão como base para pensar o YouTube como um dispositivo que surge historicamente para atender, dentre outras, à demanda da confissão, sendo, por isso, um operador de poder, de governo e também de subjetivação. Cientes de sua amplitude, nossa intenção é ver como eles ganham materialidade e diferentes modulações em cada um dos objetos.



Resumo Inglês:

Confessional videos spread out on YouTube should be thought of not as media-based
materials or as the mere consequence of a technological development, but rather as
processes that emerge from a demand, from the urgency of a device. YouTube is such a
device, an open, dynamic space in continuous deterritorialization, which introduces
its own stratification and fissure lines. Drawing on Gilles Deleuze’s studies, such
lines are herein analyzed on the basis of four analytical operators (i.e. strength lines,
visibility lines, enunciation lines, and subjectivation lines). They are used to reflect
on YouTube as a historical device that emerges to serve , among others, confessional
demands and thus represents an operator of power, government, and subjectivation