Usos e liminaridades dos espaços urbanos de lazer contemporâneos: o caso da Praia do Futuro

O Público E O Privado

Endereço:
Av. Paranjana, 1700, Itaperi
/ CE
60000-000
Site: http://www.seer.uece.br/?journal=opublicoeoprivado
Telefone: (85) 3101-9887
ISSN: 15195481
Editor Chefe: Alexandre Almeida Barbalho
Início Publicação: 31/10/2003
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Usos e liminaridades dos espaços urbanos de lazer contemporâneos: o caso da Praia do Futuro

Ano: 2012 | Volume: 10 | Número: 19
Autores: Wellington Maciel
Autor Correspondente: Wellington Maciel | [email protected]

Palavras-chave: usos, liminaridade, lazer praiano, Praia do Futuro

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo analisa as redefinições de usos da Praia do Futuro a cargo dos novos espaços de lazer praiano localizados no trecho de orla ao leste da cidade de Fortaleza. Por um lado, argumenta-se que, semelhante a outros formatos de espaços urbanos que se proliferam na sociedade contemporânea, as barracas de praia acentuam aspectos de liminaridade entre experiências públicas e privadas associadas ao lazer. Por outro, mais que simples lugares de hedonismo, fruição ou “fuga do cotidiano” (URRY, 2001) elas podem ser vistas como palco onde o consumo de certos bens simbólicos traduz conflitos de usos em torno do ordenamento socioespacial. Dois desses complexos exemplificam bem os tempos em que mais a Praia é redefinida: a barraca Biruta, nos dias de shows e eventos e o complexo CrocoBeach, durante “o domingo na praia”. Além de serem os mais procurados, é sobre esses complexos de barracas que recai grande parte das disputas simbólicas acerca da redefinição da Praia como bem público.



Resumo Inglês:

This work analyses the redefinitions of uses of Praia do Futuro in charge of the new spaces of seaside entertainment located in the beach stretch of east coastline of the city of Fortaleza. On the one hand, it is argued that, similar to other formats of urban spaces that proliferate in contemporary society, the beach huts accentuate aspects of liminality between public and private experiences associated to leisure. On the other hand, more than just places of hedonism, enjoyment or ‘escape from everyday life’ (URRY, 2001) the tents can be seen as a stage where the consumption of certain symbolic possessions expresses conflicts of uses around the socio-spatial ordering. Two of these complexes tents exemplify very well the times when the Beach is more redefined ; Biruta tent in the days of shows and events and Crocobeach complex during ‘Sunday on the beach’. Besides being the most sought, it is about them, the complexes of tents that fall the great part of symbolic disputes about the redefinition of the beach as a public property.