Neste trabalho, apresentamos uma análise acerca de práticas racistas manifestadas através de “brincadeiras” cotidianas em escolas do município de Quixadá, no Ceará (CE). A problemática foi detectada na fala de diversos(as) alunos(as) quando da realização de entrevistas para uma pesquisa, na qual abordamos o racismo no Brasil. A partir delas, percebemos que os(as) estudantes entrevistados(as) ressaltavam, no contexto escolar, supostas “brincadeiras” que, na verdade, bem podem trazer marcas de práticas racistas. Por isso, fizemos um recorte das entrevistas para melhor avaliar essas práticas, muitas vezes naturalizadas, no espaço escolar e dialogamos os relatos com autores que tratam das relações étnico-raciais como Munanga (2005), Sales Jr. (2006) e Fanon (2008). Compreender a vivência escolar e as relações nesse espaço se faz necessário para que a temática seja debatida e problematizada na academia, bem como nos mais variados setores de nossa sociedade.
This paper presents an analysis about racist practices manifested through “play” everyday in schools in the municipality of Quixadá / CE. The problem was detected in the speech of some students when conducting interviews for a survey in which we approach the subject racism. We realized that the students interviewed had alleged the school context “jokes”, which in fact may well bring brands of racist practices. We made a cut of interviews to better assess these practices, often naturalized, at school. We dialogued with authors dealing with etnicorracias relations at school. Thus, we also discussed the sayings and silences of these relations in Brazilian society making use of readings Munanga (2005), Sales Jr. (2006) and Fanon (2008). Enter in this field, including the school experience and relationships in this space, it is necessary that the subject be discussed and problematized in academia as well as in various sectors of our society.