UMA ARGENTINA IMAGINADA: A IMAGEM DO RAPTO E DISCURSO NACIONAL DO SÉCULO XIX

Fênix

Endereço:
Avenida João Naves de Ávila 2121 - Bloco H - Santa Mônica
Uberlândia / MG
38400-902
Site: http://revistafenix.pro.br
Telefone: (34) 3239-4130
ISSN: 1807-6971
Editor Chefe: Rosangela Patriota Ramos
Início Publicação: 10/10/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

UMA ARGENTINA IMAGINADA: A IMAGEM DO RAPTO E DISCURSO NACIONAL DO SÉCULO XIX

Ano: 2014 | Volume: 11 | Número: 2
Autores: Fábio Feltrin de Souza
Autor Correspondente: Fábio Feltrin de Souza | [email protected]

Palavras-chave: Rugendas – Argentina – Rapto – Geração de 1837 – Nação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é examinar a relação entre as telas sobre o rapto de cativas pintada pelo bávaro Johann Moritz Rugendas e a construção de um discurso nacional na Argentina. Essas imagens construíram uma fundação para a Argentina em meados do século XIX quando transformara a cativa raptadas por índios num dispositivo de desejo. O gesto do pintor-viajante, cruzado com discursos da geração romântica de 1837, escreveram as fronteiras, as linhas divisórias entre o “nós” e o “eles”, com violência. Essa construção classificou os personagens que estariam dentro e os que estariam fora dos contornos nacionais. Também buscamos analisar a impureza dessa formulação de Rugendas, na medida em que essa imagem fundacional (o ato de raptar) é impura, é uma avaria, está contaminada e sobreposta por vários tempos.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to examine the relationship between the canvas of the rape of captive painted by Johann Moritz Rugendas and the construction of a national discourse in Argentina. These images built a foundation for Argentina in the mid-nineteenth century when turned captive raped by indians in a device of desire. The gesture of the painter-traveler, intersected with discourses of the romantic generation of 1837, wrote the borders, the lines between "us" and "them" with violence. This construction classified the characters who were in and those who were outside the national borders. We also analyze the impurity of this Rugendas’s formulation, since this foundational image (the act of to rape) is impure, it is a fault, is contaminated and overlapped by several times.