UM UM CORPO QUE SUFOCA: CULTURA, BIOPODER E ESTEREOTIPAGEM NO CURTA “O DIA EM QUE DORIVAL ENCAROU A GUARDA”

Revista Temas em Educação

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ISSN: 2359-7003
Editor Chefe: Ana Cláudia da Silva Rodrigues e Fabiana Sena
Início Publicação: 03/01/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Ciências Contábeis, Área de Estudo: Linguística

UM UM CORPO QUE SUFOCA: CULTURA, BIOPODER E ESTEREOTIPAGEM NO CURTA “O DIA EM QUE DORIVAL ENCAROU A GUARDA”

Ano: 2020 | Volume: 29 | Número: 2
Autores: A. O. S. Junior, A. P. A. Souza, F. S. L. Vidal
Autor Correspondente: A. O. S. Junior | [email protected]

Palavras-chave: biopoder, estudos culturais. cinema, estereotipagem, corpo sem órgãos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo buscamos dialogar com o curta-metragem brasileiro "O Dia em que Dorival Encarou a Guarda” (1986), dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart, objetivando compreender os processos de significação em torno da diferença racial e o que ela pode nos dizer sobre a noção de estereotipagem como política de representação. Para tanto, lançando mão da “etnografia de tela” (RIAL, 2004; BALESTRIN & SOARES, 2011), trazemos para o debate as problematizações foucaultianas sobre biopoder, na qual a função do racismo é regular a distribuição da morte e tornar possíveis as funções do Estado mediante a divisão dos corpos que devem morrer e os que devem viver. Assim, dialogamos com os Estudos Culturais em Educação, destacando o conceito de “estereotipagem” (HALL, 2016), bem como evidenciamos, à luz das reflexões sobre “Corpo sem Órgãos”  (DELEUZE & GUATTARI, 2011) e “corpo utópico” (FOUCAULT, 2014), os agenciamentos produzidos em uma nova política de resistência diante dos processos de subjetivação sistematizados pelo Estado, conforme narrativa do curta-metragem. Assim, comprendemos que é na luta contra o Organismo que insiste em enquadrar a sua vida, em meio a um sorriso que sutilmente anuncia o refrigério de sua conquista, que Dorival produz potências desestabilizadoras cheias de vida.