O texto tem como objetivo refletir sobre elementos como a imprevisibilidade, a ordem-desordem e a colaboração no momento da ação pedagógica quando esta é proposta com base na metodologia ativa. Para tanto, foram criadas situações didáticas de produção audiovisual que pretenderam deslocar os “lugares do saber”, sem privilegiar nem o professor, nem o aluno na sala de aula, mas enfocando suas relações. Com base em uma pesquisa de doutorado, de viés qualitativo e realizada com crianças do ensino fundamental de duas escolas públicas, a discussão adota a perspectiva ecossistêmica da educação e da comunicação, e se aproxima da perspectiva sistêmica do caos aplicada à educação, para considerar o corpo, as interações e o contexto como elementos-chave de uma pedagogia situada. Os resultados demonstram que a não centralidade – nem no professor, nem no aluno – e a abertura ao duplo movimento de ordem-desordem abalou toda a estrutura da sala de aula criando “um caos”.