Um coração que pulsa fora do corpo: imagens passionais nas cartas de Frida Kahlo

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Editor Chefe: Atilio Butturi Junior
Início Publicação: 31/12/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Linguística

Um coração que pulsa fora do corpo: imagens passionais nas cartas de Frida Kahlo

Ano: 2016 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Alves, M. da P. C., Oliveira, W. B. de S.
Autor Correspondente: Alves, M. da P. C., Oliveira, W. B. de S. | [email protected]

Palavras-chave: Frida Kahlo, ethos discursivo, cartas pessoais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Entre os anos 30 e 40 do século passado, o México viu surgir, das cinzas da revolução mexicana, uma figura singular. Frida Kahlo é descrita, até hoje, pelo imaginário social – em seus quadros, em suas fotografias – como uma mulher que marcou uma época e que se tornou símbolo de lutas, e isso se estende até a contemporaneidade. Criaram-se, em volta da pintora mexicana, várias imagens sociais que eram delineadas no jogo dialógico entre suas obras e seus interlocutores. Tomando como referência essas assertivas, o artigo, ora apresentado, objetiva realizar análise de uma carta escrita por Frida para um de seus interlocutores amados/amantes – um dos homens com quem ela se envolveu, afetivamente, durante períodos diferentes de sua vida –, e mapear os ethé construídos por ela em enunciados nos quais ela ‘pinta’ verbalmente uma imagem de si, que se revela nas escolhas lexicais empreendidas para falar de amor, de traição, de amizade, de dor e de seu estar no mundo. Diante disso, refinamos uma imagem estética e ideológica de Frida Kahlo que se recobre de passionalidades distintas e de graus dialógicos diversos. Para tanto, fundamenta nossa análise os pressupostos teóricos advindos de M. Bakhtin, sobre estilo e enunciado concreto, e de Maingueneau, sobre ethos discursivo no que concerne à construção da imagem de si.



Resumo Inglês:

Between the years of 1930s and 1940, Mexico witnessed the emergence, from the Mexican revolution’s ashes, a singular figure. Frida Khalo is described, even today, by the social imaginary - in her paintings and photographs - as an epoch-making woman who became s symbol of struggle, and that remains nowadays. Several social images were created based on the Mexican painter, outlined in the dialogic game between her work and her interlocutors. Taking these assertions as references, this article aims to analyze a letter written by Frida for one of her loved/lover interlocutors - one of the men with whom she got affectively involved during distinct periods of her life -, and to map the ethé built by her in statements in which she verbally “paints” an image of herself that reveals itself through the lexical choices elected for talking about love, betrayal, friendship, pain, and being in the world. We have refined an aesthetic and ideological image of Frida Khalo that is covered by distinct passion and by diverse dialogic degrees. In order to do so, our analysis is based on M. Bakhtin’s the theoretical assumptions on the image construction itself, and Maingueneau on discursive ethos.



Resumo Espanhol:

Entre los años 30 y 40 del siglo pasado, México vio surgir de las cenizas de la revolución mexicana, una figura singular. Frida Kahlo es descrita, hasta hoy, por el imaginario social – en sus cuadros, en sus fotografías – como una mujer que ha marcado una época y que se ha convertido en un símbolo de luchas, y esto se extiende hasta la contemporaneidad. Se ha creado en torno a la pintora mexicana, varias imágenes sociales que se describen en el juego dialógico entre sus obras y sus interlocutores. Teniendo por referencia estas afirmaciones, el articulo aquí propuesto busca realizar un análisis de una carta escrita por Frida a uno de sus interlocutores amados/amantes – uno de los hombres con los que estuvo involucrada, emocionalmente, durante diferentes períodos de su vida – y, como objetivo, hacer un mapeo de los ethé construidos por ella en enunciados en los cuales ella "pinta" verbalmente una imagen de sí misma que se revela en las opciones léxicas elegidas para hablar de amor, de traición, de amistad, de dolor y de su estar en el mundo. Por lo tanto, hemos refinado una imagen estética e ideológica de Frida Kahlo que se cubre de pasiones distintas y de diversos grados dialógicos. Con este fin, fundamentan nuestro análisis los presupuestos teóricos postulados por Bakhtin sobre estilo y enunciado concreto y de Maingueneau sobre ethos discursivo.