Diante das diversas possibilidades de investigação sobre transposição intermidiática, este trabalho objetiva analisar duas das principais correntes teóricas que discutem o tema, adotando uma perspectiva dialógico-intertextual. Para tanto, realiza-se uma revisão bibliográfica que inclui os principais conceitos referentes à tradução intersemiótica, tendo como aparato os trabalhos de Plaza (2003), Bluestone (1968) e McFarlane (1996), e à teoria da adaptação, através das obras de Stam (1992, 2000, 2008, 2013), Hutcheon (2013) e Sanders (2006), apontando as diferentes metodologias utilizadas por essas correntes e discutindo a questão da fidelidade/infidelidade em relação ao texto de partida como parte significativa deste estudo. A partir da discussão realizada, constata-se que transpor um ou mais textos para uma diferente mídia significa reescrevê-los, adaptando-os a um novo contexto e intencionalidade. Assim, a transposição pode ser desde um mero eco do texto-fonte até sua completa reformulação e renovação, cabendo à análise individualizada evidenciar mais perto de qual desses extremos se insere determinado texto, sem se ater a parâmetros de valor ou de fidelidade, mas tomando-os como produtos independentes que dialogam com suas influências e instauram suas próprias significações.