As trajetórias do planejamento governamental no Brasil: meio século de experiências na administração pública

Revista do Serviço Público

Endereço:
SAIS, Área 2-A.
Brasília / DF
70.610-900
Site: http://seer.enap.gov.br/index.php/RSP/index
Telefone: 61 2020-3152
ISSN: 2357-8017
Editor Chefe: Pedro Luiz Costa Cavalcante
Início Publicação: 31/10/1937
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Administração

As trajetórias do planejamento governamental no Brasil: meio século de experiências na administração pública

Ano: 2004 | Volume: 55 | Número: 4
Autores: A. R. SOUZA
Autor Correspondente: A. R. SOUZA | [email protected]

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo analisar o papel do Estado na formulação do planejamento
no Brasil a partir dos anos 30, período que deu origem às primeiras iniciativas de
planejamento, até os anos 80, momento em que se inicia a decadência do planejamento
governamental no país. Optou-se por uma retrospectiva histórica que levantasse os principais
aspectos inerentes ao planejamento como instrumento do desenvolvimento econô-
mico deste período, verificando as principais mudanças ocorridas na sociedade. O artigo
não pretende dar conta de todas as dimensões e complexidades do tema nem esgotar o
assunto, que é polêmico e envolve muitas articulações teóricas com outras áreas, como
administração pública, economia e ciência política. Desse modo, o artigo aponta na direção
de que este balanço de análises das experiências de planejamento no Brasil demonstrou
grandes avanços econômico-financeiros e alguns fracassos de coordenação e articulação
com outras esferas, como a executiva e a financeira. Assim, desde os anos 80, em detrimento
da crise do Estado, o planejamento entra em declínio nas agendas governamentais,
impossibilitado, por questões de ordem financeira, de realizar suas funções de racionalização e eficiência econômica. Dessa forma, o Estado, nesse contexto, sempre representou, de
forma geral, as diversas articulações de interesses capitaneados pelo planejamento como
instrumento de intervenção e controle social no Brasil.



Resumo Inglês:

This paper is about to analyse the State’s role on the formulation of planning in Brazil
from the 30’s – period of the first planning initiatives – to the 80’s, when the government
planning decays in the country. It was chosen a historical review that could raise the most
important aspects regarding planning as an instrument for the economic development in
this period, verifying the main changes which have occurred in the society. The article does
not intend to cover all dimensions or complexities about the theme, nor to exhaust this
controversial matter which has lots of theoretical articulations within other areas, such as
economics and politic sciences. This way, this paper aims the direction in which this
balance of analysis concerning planning experiences in Brazil have shown great economic
and financial advances – and some coordination and other spheres articulation failure. Since
the 80’s, to the detriment of the State crisis, planning starts declining in the governmental
agendas not becoming possible for finantial reasons. The State, in this context, has always
represented, in general, those various articulations of interference and social control in
Brazil.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo analizar el rol del Estado en la formulación de la
planificación en Brasil a partir de los años 30, período que dió origen a las primeras
iniciativas de planificación, hasta los años 80, momento en que se inicia la decandencia de
la planificación gubernamental en el país. Se optó por una retropectiva histórica que
levantase los principales aspectos inherentes a la planificación como instrumento de
desarrollo económico de ese período, verificando las principales modificaciones ocurridas
en la sociedad. El artículo no pretende abarcar todas las dimensiones y complejidades del
tema, ni agotar el asunto que es polémico y envuelve articulaciones teóricas com otras
áreas, como administración pública, economía y ciencia política. De ese modo, el artículo
apunta en la dirección de que ese balance de análisis de las experiencias de planificación en
Brasil demostró grandes avances económicos-financieros y algunos fracasos de coordinación
y articulación com otras esferas, como por ejemplo, ejecutiva y financiera. Asi, desde los
años 80, en detrimento de la crisis del Estado, a planificación entra en declinio en las
agencias gubernamentales, imposibilitada por cuestiones de orden financiera para realizar
sus funciones de racionalización e eficiencia económica.
De esa manera, el Estado en este contexto, siempre representó, de una forma general,
las diversas articulaciones de intereses impulsados por la planificación como instrumento
de intervención y control social en Brasil.