Toxicidade de boro em videiras ‘itália’(Vitis vinifera l.)

Ambiência

Endereço:
RUA SIMEÃO CAMARGO VARELA DE SÁ, 03 - CX POSTAL 3010 - Vila Carli
Guarapuava / PR
850040-080
Site: http://www.unicentro.br/editora/revistas/ambiencia/
Telefone: (42) 36298-1000
ISSN: 2175-9405
Editor Chefe: Luiz Gilberto Bertotti
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Biologia geral, Área de Estudo: Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Geociências, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional

Toxicidade de boro em videiras ‘itália’(Vitis vinifera l.)

Ano: 2007 | Volume: 3 | Número: 3
Autores: Maurilo Monteiro Terra, Erasmo José Paioli Pires, Renato Vasconcelos BOTELHO, Marco AntonioTecchio, Maria Luiza Sant’Anna Tucci
Autor Correspondente: Maurilo Monteiro Terra | [email protected]

Palavras-chave: vitis, nutrição, anomalia fisiológica, micronutriente

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No Noroeste do estado de São Paulo, em muitos vinhedos da cultivar
Itália, foi verifi cada uma anomalia nas folhas das plantas caracterizada
por sintomas de clorose, crestamento e enrolamento dos bordos. Com
o objetivo de comprovar a hipótese de que a anomalia estaria associada
a excesso nutricional devido à aplicação em quantidade elevada do
fertilizante boratado, denominado ulexita, foram coletadas, em um
vinhedo, amostras de folhas de ‘Itália’ com e sem sintomas visuais para
análise química. Os resultados da análise química das folhas revelaram
que havia teor mais elevado de boro nas folhas com sintomas visuais
(424mg.kg-1), do que naquelas sem sintomas (56mg.kg-1), de plantas
não fertilizadas com ulexita. Amostras de solo, a 0-25cm e 25-50cm de
profundidade, de ambas as áreas, também foram coletadas. Nos vinhedos
onde foi aplicada ulexita, os teores de boro no solo foram mais elevados
(2,52-5,61mg.kg-1) que nos vinhedos onde não foi aplicada (0,25-0,34mg.
kg-1). No ano seguinte, em abril, 60 dias após a poda, não foram mais
verifi cados sintomas de toxicidade de boro nas folhas, devendo-se isso
à lixiviação desse elemento para maiores profundidades do solo, visto tratar-se de terra arenosa e a cultura ser irrigada. Pode-se afi rmar que
a anomalia ocorrida nas folhas de videiras cultivar Itália, caracterizada
por sintomas de clorose, crestamento e enrolamento do bordos, esteve
associada à toxicidade de boro.



Resumo Inglês:

In the Northwestern of São Paulo State, Brazil, in many vineyards of cv.
Italia, an anomaly in leaves was verifi ed characterized by limb yellowing
followed by the appearance of many dark or brown patches and, upward
rolling of old leaves that showed irregular and asymmetric margins. At
the beginning of the studies these anomalies could be confounded with
toxicity caused by pesticides. On the other hand, the symptoms were very
similar to those associated to nutritional unbalance in vines, reported in
many countries. With the objective of proving the hypothesis that those
anomalies were related to nutritional unbalance due to application of high
amounts of sodium and calcium borates fertilizer (“ulexita”), containing
8.6% of boron, leaves of ‘Italia’ vines, with and without symptoms,
were sampled for chemical analysis. The results showed that leaves
with symptoms had higher boron content (424mg.kg-1) than normal
leaves (56mg.kg-1) from vines that were not fertilized with “ulexita”.
Soil samples at 0-25cm and 25-50cm depths, from both areas, were also
collected. At vineyards where “ulexita” was applied, the boron contents
were higher (2.52-5.61mg.kg-1) than those with no fertilization (0.25-
0.34mg.kg-1). In the following year, in April, 60 days after pruning, the
vines did not show symptoms of boron toxicity due to lixiviation of this
element, once these areas were irrigated and had sandy soils. It is possible
to assume that the anomalies observed in vines cv. Italia, characterized
by limb yellowing, necrosis and upward rolling of leaves were associated
to boron toxicity.