Tornar-se naquele que se é: figuras marcelianas do caminho para si-mesmo

Trilhas Filosóficas

Endereço:
Av. Rio Branco, nº 725 - Centro
Caicó / RN
59300000
Site: http://natal.uern.br/periodicos/index.php/RTF
Telefone: (84) 3421-6513
ISSN: 1984-5561
Editor Chefe: Marcos Érico de Araújo Silva
Início Publicação: 01/08/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Tornar-se naquele que se é: figuras marcelianas do caminho para si-mesmo

Ano: 2019 | Volume: 12 | Número: Especial
Autores: José Manuel Beato
Autor Correspondente: José Manuel Beato | [email protected]

Palavras-chave: Itinerância, vocação, promessa, devir.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Trata-se, no presente artigo, de articular a injunção de Píndaro "Torna-te naquele que és" com a máxima de Gabriel Marcel "ser é estar a caminho", de modo a elucidar a noção e discernir o sentido da "itinerância existencial" no seio da reflexão do filósofo francês. Diríamos que à pergunta nuclear da “ontologia concreta” marceliana “o que sou?” pode responder-se através da referida exortação, de origem pindárica, retomada e comutada, quase insensivelmente, numa atestação. Poderia então dizer-se: “sou aquele em que(m) devo tornar-me”. A partir desta articulação nocional indicamos as figuras centrais do caminho para si-mesmo: o amor e a esperança tecidos de fidelidade criadora. Concluir-se-á então que o caminho de acesso a si-mesmo implica a comunhão com a alteridade contingente e absoluta.



Resumo Inglês:

The purpose of this paper is to articulate Pindar's injunction "Become who you are" with Gabriel Marcel's maxim "to be is to be on a path" in order to elucidate the notion and discern the meaning of "existential itinerancy" within the core reflection of the French philosopher. We would say that the essential question of the Marcelian “concrete ontology” “what am I?” can be answered through this exhortation of Pindaric origin, retaken and commuted, almost insensibly in an attestation. It could then be said, "I am the one I must become". From this notional articulation we point to the central figures of the path towards oneself: love and hope woven through creative fidelity. It will then be concluded that the path of access to oneself implies communion with contingent and absolute alterity.