A presente pesquisa analisa as relações entre território, escola pública e políticas educacionais no contexto brasileiro, com foco na compreensão da territorialização como estratégia de enfrentamento das desigualdades estruturais que atravessam a educação básica. Parte-se da premissa de que o território não deve ser compreendido apenas como delimitação geográfica, mas como construção social, política e simbólica, que influencia diretamente as condições de acesso, permanência e qualidade da educação. A análise teórica baseia-se em autores que abordam o espaço como categoria analítica, articulando as dimensões pedagógica, política e cultural da escola. São discutidas as implicações da vulnerabilidade territorial no cotidiano escolar, especialmente em regiões periféricas e marginalizadas, onde se observa a concentração de adversidades históricas e a fragilidade das políticas públicas. Por fim, investigam-se experiências e proposições de políticas educacionais que incorporam a dimensão territorial como elemento estruturante de ações pedagógicas e de gestão. Defende-se que a territorialização da educação contribui para práticas mais equitativas, contextualizadas e democráticas, ao valorizar os saberes locais e promover o diálogo entre escola e comunidade. A abordagem adotada visa ampliar o debate sobre justiça social, planejamento educacional e participação coletiva nas decisões que envolvem o direito à educação.