Terras incapturáveis: notas para pensar autodemarcações indígenas

ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste

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ISSN: 2358-5587
Editor Chefe: Marcos Aurélio da Silva
Início Publicação: 01/01/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia

Terras incapturáveis: notas para pensar autodemarcações indígenas

Ano: 2018 | Volume: 5 | Número: 10
Autores: Luísa Pontes Molina
Autor Correspondente: Luísa Pontes Molina | [email protected]

Palavras-chave: Terras Indígenas, autodemarcação, retomadas, demarcação de terras.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) constituídas sob o regime estatal, e de outro os modos indígenas de entender a terra e de habitá-la? Partindo da ideia de que a terra é central para a condição de autodeterminação ontológica e política dos ameríndios, e de que estes sabem melhor do que ninguém que as suas terras não se resumem às TIs, o presente artigo apresenta uma proposta de abordagem das autodemarcações de terra que questiona diretamente a redução da ação política desses povos à pressão sobre o Estado-nação. Para isso, debate contribuições recentes – como a de Oliveira Filho (2018) – e mobiliza tanto a descrição de experiências de autodemarcação como a produção específica sobre retomadas de terra.



Resumo Inglês:

What kind of encounter is produced in the conjugation between, on the one hand, the Indigenous Lands (TIs) constituted under the state regime, and on the other the indigenous ways of understanding the land and inhabiting it? Starting from the idea that the land is central to the condition of ontological and political self-determination of the Amerindians, and that they know better than anyone that their lands are not limited to TIs, this article presents a proposal to approach the self-demarcations of land that directly questions the reduction of the political action of these peoples to the pressure on the nation-state. To this end, it debates recent contributions - such as that of Oliveira Filho (2018) - and mobilizes both the description of self-demarcation experiences and the specific production on land takeovers.



Resumo Espanhol:

¿Qué tipo de encuentro se produce en la conjugación entre, por un lado, las tierras indígenas (TI) constituidas bajo el régimen estatal y, por otro, las formas indígenas de entender la tierra y habitarla? Partiendo de la idea de que la tierra es fundamental para la condición de autodeterminación ontológica y política de los amerindios, y que saben mejor que nadie que sus tierras no están limitadas a TI, este artículo presenta una propuesta para abordar las autodemarcaciones de tierra que cuestiona directamente la reducción de la acción política de estos pueblos a la presión sobre el estado-nación. Con este fin, debate contribuciones recientes, como la de Oliveira Filho (2018), y moviliza tanto la descripción de las experiencias de autodemarcación como la producción específica para la recuperación de tierras.



Resumo Francês:

Quel type de rencontre se produit dans la conjugaison entre, d'une part, les Terres Indigènes (TI) constituées sous le régime étatique, et d'autre part les manières indigènes de comprendre la terre et de l'habiter? Partant de l'idée que la terre est au cœur de la condition d'autodétermination ontologique et politique des Amérindiens, et qu'ils savent mieux que quiconque que leurs terres ne se limitent pas aux TI, cet article présente une proposition pour aborder l'autodétermination des une terre qui remet directement en cause la réduction de l'action politique de ces peuples à la pression sur l'État-nation. À cette fin, il débat des contributions récentes - comme celle d'Oliveira Filho (2018) - et mobilise à la fois la description des expériences d'auto-démarcation et la production spécifique sur la récupération des terres.