Subjetivação necropolítica e a materialidade do pós-estruturalismo

Revista Agenda Política

Endereço:
Rod. Washington Luis, km 235 - São Carlos - SP - BR
São Carlos / SP
13565-905
Site: http://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/index
Telefone: (16) 3351-8415
ISSN: 23188499
Editor Chefe: Thaís Cavalcante Martins, Mércia Alves, Marcelo Fontenelle e Silva
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

Subjetivação necropolítica e a materialidade do pós-estruturalismo

Ano: 2020 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Yuri Bataglia Espósito
Autor Correspondente: Yuri Bataglia Espósito | [email protected]

Palavras-chave: Micropolítica; Necropolítica; Interseccionalidade; Saber-poder; Subjetivação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As teorias pós-estruturalistas podem ser produtivas aos debates atuais sobre racialidade, sexualidade, gênero e interseccionalidade. Este artigo recupera propostas metodológicas de Michel Foucault como a micropolítica e a genealogia do poder, abordando as tecnologias discursivas de dominação e os dispositivos biopolíticos de subjetivação. Em autores como Achille Mbembe e Paul Preciado, os conceitos foucaultianos são operacionalizados expondo como a dominação discursiva está atrelada à subjetivação necropolítica dos grupos populacionais racializados e sexualizados. A metodologia interseccional evidencia a operação social de um conjunto de regimes de poder, como o racismo, o sexismo e o capitalismo, que conjuntamente constroem organizações sociais hierárquicas e exploratórias, produzindo condições de vida precarizadas e violentas. A metodologia micropolítica-genealógica problematiza a centralidade e a neutralidade estatais, e também o estrutural-economicismo presente nas teorias marxistas de viés ortodoxista; assim, contribui-se para a crítica e o combate aos diversos regimes de dominação política e discursiva que operam imbricados.



Resumo Inglês:

The poststructuralist theories can be productive to current debates on race, sexuality, gender, and intersectionality. This article goes back to Michel Foucault's methodological proposals micropolitics and the genealogy of power, using the discursive technologies of domination and the biopolitical devices of subjectivation. Authors such as Achille Mbembe and Paul Preciado, operationalize Foucault's concepts by exposing how the discursive domination is linked to the necropolitical subjectivation of racialized and sexualized populations. The intersectional methodology shows that the social operation of a set of power regimes like racism, sexism, and capitalism build hierarchical and exploitative social organizations and produce precarious and violent living conditions. The micropolitical genealogical method discusses the state's centrality and neutrality and the structural economics present in the Marxist theories of orthodox bias; therefore, it contributes to the critic and the action against the several regimes of political and discursive domination that operate together.



Resumo Espanhol:

Las teorías postestructuralistas pueden ser productivas para los debates actuales sobre racialidad, sexualidad, género e interseccionalidad. Este artículo recupera propuestas metodológicas de Michel Foucault, como la micropolítica y la genealogía del poder, abordando las tecnologías discursivas de dominación y los dispositivos biopolíticos de subjetivación. En autores como Achille Mbembe y Paul Preciado, los conceptos foucaultianos están operacionalizados al exponer cómo la dominación discursiva está atada a la subjetivación necropolítica de los grupos de población racializados y sexualizados. La metodología interseccional destaca la operación social de un conjunto de regímenes de poder, como el racismo, el sexismo y el capitalismo, que en conjunto construyen organizaciones sociales jerárquicas y exploratorias, produciendo condiciones de vida precarizadas y violentas. La metodología micropolítica-genealógica cuestiona la centralidad y neutralidad del estado, así como el estructuraleconomismo presente en las teorías marxistas de sesgo ortodoxista; así, contribuyese a la crítica y el combate a los diversos regímenes de dominación política y discursiva que operan entrelazados.