A Sociedade do Conhecimento realmente existente na perspectiva do desenvolvimento desigual

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

Endereço:
Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana | Bloco III do Parque Tecnológico | Rua Imaculada Conceição, 1155 - Prado Velho Cx. Postal: 16210
Curitiba / PR
80215-901
Site: http://www.pucpr.br/urbe
Telefone: (41) 3271-2623
ISSN: 21753369
Editor Chefe: Rodrigo José Firmino, Harry Alberto Bollmann e Tomás Antonio Moreira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral

A Sociedade do Conhecimento realmente existente na perspectiva do desenvolvimento desigual

Ano: 2013 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: I. M. Theis
Autor Correspondente: I. M. Theis | [email protected]

Palavras-chave: conhecimento, desenvolvimento desigual, desigualdades, nova economia, sociedade do conhecimento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Tem sido afirmado, sobretudo, nos três últimos decênios, tanto na academia quanto em outros ambientes,
que se vive numa sociedade do conhecimento. Esta seria amparada por uma nova economia, fundada
no uso cada vez mais intensivo de informação e conhecimento. Mas, pode-se aceitar que se vive numa
sociedade do conhecimento? Que uma nova economia, movida pela aceleração de ciência, tecnologia e
inovação, dá sustentação a essa sociedade do conhecimento? Neste breve ensaio se pretende jogar luz
sobre alguns aspectos que encobrem a noção de sociedade do conhecimento, visando-se um questionamento
das bases sobre as quais essa sociedade do conhecimento poderia emergir. É possível que a sociedade
atual seja uma na qual a informação, o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação tenham
sua centralidade. Contudo, além da centralidade dessas dimensões, também é um traço dessa sociedade
do conhecimento uma dinâmica cada vez mais favorável à busca de ganhos econômicos e ao enriquecimento
dos estratos mais abastados da população em escala planetária, de modo que há problemas em se
considerar que qualquer indivíduo pode ingressar no admirável mundo novo do conhecimento. Talvez,
por se desprezar que ele é atravessado por múltiplas implicações econômicas, tecnológicas, ambientais,
culturais, políticas e ideológicas.



Resumo Inglês:

It has been asserted, especially, in the last three decades, both in academia and in other environments,
that we live in a knowledge society. A society supported and driven by a new economy, based on an ever
more intensive use of information and knowledge. But, is it acceptable that we really live in a knowledge society? That a new economy, driven by the acceleration of science, technology and innovation, supports
this knowledge society? In this brief essay I intend to shed some light on these issues from the perspective
of an inquiry into the bases on which the knowledge society could emerge. It is possible that today's society
is one in which information, knowledge, science, technology and innovation have its centrality. However,
besides the centrality of these dimensions, the so-called knowledge society also rests on a dynamic increasingly
favorable to the pursuit of economic gain and to preserve the privileges of the more affluent strata
of the population on global scale. So it seems to be problematic consider that any individual can freely
enter the brave new world of knowledge. Maybe because its supporters disregard that this world is crossed
by multiple economic, technological, environmental, cultural, political and ideological implications.