Sobre o primitivismo moderno: sobrevivências

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ISSN: 2526-6543
Editor Chefe: Fernando Mattiolli Vieira
Início Publicação: 01/03/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Sobre o primitivismo moderno: sobrevivências

Ano: 2019 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: M. B. R. Flores
Autor Correspondente: M. B. R. Flores | [email protected]

Palavras-chave: Primitivismo, Modernismo, Antropologia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Se no século XIX, o conhecimento de povos estranhos à Europa foi totalmente etnocêntrico, no começo do século XX, com a crítica aos rumos da civilização ocidental e à modernidade racional, a representação do “primitivo”, em parte, se inverte. Intelectuais perceberam outras lógicas de conhecimento e de relação com a existência. Nas artes, o que se denominou de primitivismo foi a utilização de formas, linhas e cores da arte dos povos exteriores ao campo artístico europeu. O contato dos brasileiros da primeira fase do modernismo com a arte primitivista teve consequências, embora os problemas não fossem da mesma ordem. Porém, os intelectuais e artistas brasileiros também fizeram um retorno ao Brasil “arcaico”, num impulso para a emancipação de uma série de recalques históricos, sociais e étnicos. Ao final, pergunta-se se o etnocentrismo foi rompido nesse primeiro impulso de descolonização epistêmica, e levanta-se a reflexão sobre o conceito de “sobrevivências”, conclamando que há traços recalcados para serem reavivados pelo conhecimento e pelas artes.



Resumo Inglês:

If in the nineteenth century the knowledge of peoples outside Europe was entirely ethnocentric, in the early twentieth century, with criticism of the course of Western civilization and rational modernity, the representation of the “primitive” partly reverses itself. Intellectuals understood other logics of knowledge and relationship to existence. In the arts, which was called primitivism was the use of shapes, lines and colors of art from peoples outside the European artistic field. The contact of Brazilians of the first phase of modernism with the primitivism art had consequences, although the problems were not of the same order. Brazilian intellectuals and artists have also made a return to “archaic” Brazil, in an impetus for the emancipation of a series of historical, social and ethnic repression. In the end, we ask if ethnocentrism was broken in this first impulse of decolonization epistemic, and reflection arises on the concept of “survivals”, claiming that there are repressed features to be revived by knowledge and the arts.