Sobre a “Bizzarria” do Diálogo de Galileo Galilei: uma Crítica à Interpretação da “Inércia Circular”

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Sobre a “Bizzarria” do Diálogo de Galileo Galilei: uma Crítica à Interpretação da “Inércia Circular”

Ano: 2005 | Volume: 1 | Número: 15
Autores: Julio Celso Ribeiro de Vasconcelos
Autor Correspondente: Vasconcelos, Julio Celso Ribeiro de | [email protected]

Palavras-chave: Galileo, Inércia, Bizzaria

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em uma passagem do Diálogo sobre os dois máximos
sistemas de mundo de 1632, Galileo apresenta uma conceituação da
queda de uma pedra do alto de uma torre como constituindo-se “de um
movimento composto pelo comum circular [da Terra, da torre e da pedra
em rotação diurna,] e pelo seu próprio retilíneo [para baixo]”.
Essa passagem, conhecida como bizzarria, é freqüentemente brandida
pelos defensores da interpretação da “inércia circular”, que afirma haver
um princípio de inércia na física de Galileo que privilegia o movimento
circular como o efetivo movimento inercial, diferentemente do princípio
inercial cartésio-newtoniano, que vê o movimento retilíneo como o único
passível de se conservar sem a ação de uma força.
O presente artigo mostrará – sem tratar dos outros fundamentos da
“inércia circular” – que seu ponto de apoio na bizzaria não é sólido;
apresentar-se-á, também, uma leitura alternativa, unificadora das conceituações
inerciais de Galileo.