Sistema Nacional de Redes Fito: uma abordagem sobre o desafio da produção de matérias primas vegetais com qualidade.

Ano: 2021 | Volume: 14 | Número: 2

Autores: Julienny Dias dos Santos Araújo Moisés Teles Madureira Lorena Pitta Nascimento Marina Constant Bruno Maciel

Palavras-chave: Biodiversidade; Redes de inovação; Matéria-prima vegetal

Resumo Português:

A tradição sobre o conhecimento e o uso das plantas pelos povos de todo o mundo é uma prática reconhecida e incentivada pela Word Health Organization (WHO). Alinhado com as recomendações da WHO, o Brasil possui políticas públicas e programas que tem como um dos objetivos, promover a integração de produtores rurais à cadeia de produção e inovação de matérias primas oriundas da biodiversidade, fornecendo produtos de qualidade e a preços acessíveis no mercado. O presente trabalho está orientado para atender três objetivos: 1 - informar eventos importantes acerca do estabelecimento das bases do desenvolvimento tecnológico de produtos de origem vegetal no Brasil; 2 – abordar a área de controle da qualidade como parte inerente ao desenvolvimento tecnológico de “fito derivados”; 3 – desenvolver um planejamento de estimativa de custos, atendendo diretrizes especificadas pela WHO, para a implementação de um laboratório de controle de qualidade de matérias primas vegetais, a partir de premissas adotadas para uma unidade básica de produção. Constata-se que as RedesFito são uma realidade dentro do contexto brasileiro, onde as experiências dos participantes estão sendo integradas ao Sistema Nacional de Redes Fito, gerando conhecimento para o processo de inovação e visando a produção de produtos a partir da biodiversidade brasileira. Os custos estimados representam o resultado de uma primeira abordagem de planejamento, levando em consideração as diretrizes da WHO. Como conclusão, entende-se que: nível de complexibilidade tecnológica para o desenvolvimento de produtos da biodiversidade é grande, exigindo ainda a superação de limitações técnicas e de legislação; a implementação de um laboratório de controle de qualidade pode ser adiada num primeiro momento, já que a necessidade de garantir infraestrutura numa propriedade rural possa significar uma estratégia prioritária; a estimativa de custos pode ser revisada para valores abaixo dos obtidos neste primeiro planejamento na medida em que parcerias técnicas possam ser viabilizadas com participantes das redes que possuam condições de execução de parte ou todas as análises requeridas de controle de qualidade.

Resumo Inglês:

The tradition of knowledge and use of plants by people all over the world is a practice recognized and encouraged by the Word Health Organization (WHO). Aligned with the WHO recommendations, Brazil has public policies and programs that have, as one of the objectives, to promote the integration of rural producers to the production and innovation chain of raw materials from biodiversity, providing quality products at affordable market prices. The present work is oriented to meet three objectives: 1 - to inform important events about the establishment of the bases of technological development of products of vegetable origin in Brazil; 2 - to approach the quality control area as an inherent part to the technological development of “phyto-derivatives”; 3 - to develop a cost estimate planning, meeting guidelines specified by WHO, for the implementation of a quality control laboratory of vegetable raw materials, from premises adopted for a basic production unit. It can be seen that the PhytoNetworks are a reality within the Brazilian context, where the experiences of the participants are being integrated into the National System of PhytoNetworks, generating knowledge for the innovation process and aiming at the production of products from the Brazilian biodiversity. The estimated costs represent the result of a first planning approach, taking into consideration the WHO guidelines. In conclusion, it is understood that: the level of technological complexity for the development of products from biodiversity is high, requiring the overcoming of technical and legislative limitations; the implementation of a quality control laboratory can be postponed for the first time, since the need to guarantee infrastructure in a rural property may mean a priority strategy; the cost estimate can be revised to values below those obtained in this first planning as technical partnerships can be made possible with network participants who are able to perform part or all of the analyses required for quality control.