Sistema eleitoral, mecanismo de ballotage e a fragmentação política na Argentina

Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais

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ISSN: 23592419
Editor Chefe: Equipe Cadernos de Campo
Início Publicação: 30/01/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Sistema eleitoral, mecanismo de ballotage e a fragmentação política na Argentina

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 13
Autores: Sylvia Iasulaitis
Autor Correspondente: Sylvia Iasulaitis | [email protected]

Palavras-chave: Argentina. Partidos políticos. Pleito presidencial 2007. Democracia de partido. Democracia de público.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é analisar as transformações do sistema partidário argentino e suas implicações para os processos eleitorais, tomando como base empírica a eleição presidencial de 2007. Neste pleito verificou-se uma ampla fragmentação da oposição, que resultou numa disputa com 13 postulantes à presidência contra a candidata situacionista Cristina Kirchner. Este pleito representou um significado especial para o sistema de partidos, os quais foram marcados por divisões internas e diferentes candidaturas de uma mesma agremiação, bem como alianças inéditas entre peronistas e radicais, partidos que, historicamente, conformaram a polarização política argentina. As mudanças ocorridas no sistema partidário argentino serão interpretadas em dimensão histórica, buscando-se compreendê-las dentro de uma temporalidade mais ampla. Após investigar as possíveis causas de tamanha fragmentação partidária, buscarse-á verificar suas conseqüências para o sistema partidário e, mais especificamente, para as disputas eleitorais, com especial interesse em averiguar se aí reside a chave explicativa para a vitória de Cristina Kirchner no primeiro turno. Finalmente, analisarse-á se as mudanças que atingiram o sistema representativo argentino resultaram de um deslocamento de uma democracia de partidos para uma democracia do público ou verificou-se, efetivamente, uma crise de representação.



Resumo Inglês:

The aim of this paper is to analyze changes in the Argentine party system and its implications for the electoral processes, based on empirical presidential election of 2007. In this election there was a widespread fragmentation of the opposition, which resulted in a race with 13 candidates for president against the incumbent candidate Cristina Kirchner. This election was a special significance for the political parties, which were marked by internal divisions and different applications of the same club, as well as unprecedented alliances between Peronist and Radical, parties that have historically made up the Argentine political polarization. The changes in the Argentine party system will be interpreted in the historical dimension, trying to understand them within a broader temporality. After investigating the possible causes of such party fragmentation, will seek to verify its consequences for the party system and, more specifically to the electoral disputes, with particular interest in determining whether there is the explanatory key to the victory of Cristina Kirchner first round. Finally, it will examine whether the changes that affected the Argentine representative system resulted from a shift from one party democracy to a democracy of the public or there was indeed a crisis of representation.