Sagrado Não-Binário? O conceito de psique andrógina na reformulação do debate de gênero no Sagrado Feminino

Mandrágora

Endereço:
Rua do Sacramento - n 230 - Rudge Ramos
São Bernardo do Campo / SP
09640-000
Site: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/MA/index
Telefone: (11) 4366-5537
ISSN: 2176-0985
Editor Chefe: Sandra Duarte de Souza
Início Publicação: 01/02/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia

Sagrado Não-Binário? O conceito de psique andrógina na reformulação do debate de gênero no Sagrado Feminino

Ano: 2019 | Volume: 25 | Número: 2
Autores: C. De Franco, E. M. de A. Maranhão Fo.
Autor Correspondente: C. De Franco | [email protected]

Palavras-chave: Gênero e psicologia analítica, animus e anima, sagrado feminino, psique andrógina, sagrado não-binário

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O foco desse artigo é o debate de gênero, com possibilidades conciliatórias entre os Estudos de Gênero e a Psicologia Analítica. Utilizamos como campo o Sagrado Feminino e suas tensões conceituais sobre o ser mulher diante de algumas propostas feministas, já que os círculos sagrados de mulheres se apoiam na perspectiva dos arquétipos, animus e anima e têm utilizado tais conceitos de modo a reforçar o aspecto essencialista sobre o feminino. Embora as concepções iniciais de Jung sobre o tema reflitam sua época, uma leitura atenta de sua obra e de pós-junguianxs leva-nos à compreensão de que sua proposta carrega uma subversão das polaridades de gênero. Com a teoria de integração de polaridades e o politeísmo psíquico, os conceitos de animus e anima ganham uma perspectiva que foge ao dualismo binário e caminha para a androginia e não-binariedade de gênero.



Resumo Inglês:

The focus of this article is the gender debate, with conciliatory possibilities between the paradigms of Gender Studies and Analytical and Psychology. We use as a field the Sacred Feminine and its conceptual tensions about being a woman in the face of feminist proposals, since the sacred circles of women are based on the archetype perspective and have used the concept in their experiences in order to reinforce the essentialist aspect about the feminine. Although Jung’s initial conceptions of the theme reflects his time, a close reading of his work, and of post-junguians, leads us to the understanding that the proposition of analytic psychology has in its core a subversion of polarities of gender. With the theory of integration of polarities and psychic polytheism, the concepts of animus and anima gain a perspective that escapes binary dualism and moves toward androgyny and non gender binary.



Resumo Espanhol:

El enfoque de este artículo es el debate de género, con posibilidades conciliatorias entre los Estudios de género y la Psicología analítica. Usamos como campo lo Sagrado Femenino y sus tensiones conceptuales sobre ser una mujer frente la algunas propuestas feministas, ya que los círculos sagrados de las mujeres se basan en la perspectiva de los arquetipos, animus y anima y han usado tales conceptos para reforzar el aspecto esencialista sobre las mujeres. Aunque las concepciones iniciales de Jung sobre el tema reflejan su tiempo, una lectura cercana de su trabajo y post-Junguianxs nos lleva a comprender que su propuesta conlleva una subversión de las polaridades de género. Con la teoría de la integración de la polaridad y el politeísmo psíquico, los conceptos de animus y anima adquieren una perspectiva que cambia del dualismo binario a la androginia de género y no binario.