Sacralidade e crueldade no direito natural segundo Hobbes e Agamben

Revista Veritas

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Editor Chefe: Roberto Hofmeister Pich
Início Publicação: 31/10/1955
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Sacralidade e crueldade no direito natural segundo Hobbes e Agamben

Ano: 2011 | Volume: 56 | Número: 3
Autores: Gilcilene Dias da Costa
Autor Correspondente: G. D. Costa | [email protected]

Palavras-chave: Sacralidade, Crueldade, Direito Natural, Hobbes, Agamben

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto visa discutir o sentido da sacralidade e da crueldade no direito natural e na cena política a partir de Hobbes e Agamben. Relaciona o conceito hobbesiano de estado de natureza às figuras do direito romano arcaico, homo lupus (homem lobo) e homo sacer (homem sagrado) em seu duplo processo de inclusão/exclusão da vida nua (zoé) na vida política (bíos). Adentra nos limites da natureza e da condição humana, a fim de perceber as flutuações de sentido implicadas na situação de abandono que acerca um malfeitor ou bando junto à comunidade, com sua exposição à morte ou desaparecimento social sem as formas sancionadas pela lei. Reitera a permanente fronteira entre animal e humano, limite paradoxal e intransponível, situado entre polidez e nudez, crueldade e sacralidade, bem e mal.



Resumo Inglês:

The present text seeks to discuss the sense of sacredness and cruelty in natural right and in the political scene of Hobbes and Agamben. It relates Hobbes’ concept of state of nature to the figures in ancient Roman right of homo lupus (wolf man) and homo sacer (sacred man) in its dual process of inclusion/exclusion of naked life (zoé) in the political life (bíos). It goes into the limits of human nature and condition in order to understand the fluctuations of meaning involved in the situation of abandonment that brings a malefactor or band close to the community, with its exposure to death or social disappearance outside the forms sanctioned by the law. It stresses the permanent border between animal and human, a paradoxical and insurmountable limit situated between politeness and nakedness, cruelty and sacredness, good and evil.