Saúde sexual e saúde reprodutiva no cárcere:Uma discussão necessária para garantia de direitos das mulheres privadas de liberdade

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ISSN: 2238-9717
Editor Chefe: Samira Peruchi Moretto
Início Publicação: 02/05/1990
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: História

Saúde sexual e saúde reprodutiva no cárcere:Uma discussão necessária para garantia de direitos das mulheres privadas de liberdade

Ano: 2019 | Volume: 1 | Número: 33
Autores: C. A. dos Reis, L. P. Zucco
Autor Correspondente: L. P. Zucco | [email protected]

Palavras-chave: Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva, Presídio Feminino, Gênero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo trata do acesso à saúde sexual e saúde reprodutiva das mulheres em privação de liberdade no Presídio Feminino de Florianópolis, a partir dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, numa perspectiva interseccional de gênero e de integralidade de saúde das mulheres. Existe uma histórica omissão dos poderes públicos às mulheres encarceradas, que não as vêem como detentoras de direitos e de especificidades advindas das questões de gênero. As mulheres são tratadas como ‘presos que menstruam’, sendo suas particularidades resumidas à diferença biológica, seus direitos são violados desde a construção de unidades prisionais projetadas para os homens, até a atenção a direitos essenciais, como saúde, educação, trabalho, preservação de vínculos familiares e (re)socialização. A metodologia da pesquisa foi qualitativa e de cunho etnográfico, com destaque às narrativas das mulheres e profissionais da Instituição. O percurso metodológico adotado é detalhado para dar visibilidade à construção e análise dos dados, assim como ao campo de pesquisa.



Resumo Inglês:

The article deals with access to sexual health and reproductive health of women deprived of liberty in the Florianópolis Women's Prison, based on sexual rights and reproductive rights, in an intersectional perspective of gender and integral health of women. There is a historic omission by the public authorities of incarcerated women, who do not see them as having gender rights and specificities. Women are treated as 'menstruating prisoners', their particularities being summarized to the biological difference, their rights are violated from the construction of prisons designed for men to attention to essential rights such as health, education, work, family ties and (re) socialization. The methodology of the research was qualitative and ethnographic, with emphasis on the narratives of the women and professionals of the Institution. The methodological approach adopted is detaile to give visibility to the construction and analysis, as well as to the field of research.