Objetivo: O termo “burnout” descreve uma síndrome desenvolvida em pessoas expostas a situações de estresse laboral de forma crônica. Dentre as profissões do setor público no âmbito da saúde, a enfermagem é considerada a quarta mais estressante. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência da Síndrome de Burnout (SB) em enfermeiros do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel de Natal/RN. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e analítico, de caráter prospectivo em 80 enfermeiros(as) no período de julho a agosto de 2019. Foi realizada a aplicação de questionário socioeconômico e do Copenhagen Burnout Inventory (CIB), com 19 itens que refletiam os níveis de esgotamento profissional, sendo esta escala categorizada como burnout baixo, intermediário e alto. Resultados: A maioria dos entrevistados era do gênero feminino (92,5%), com média de 38,7 anos, casada (63,8%), com especialização na área (65%) e dois vínculos empregatícios (53,8%). Houve maior prevalência de níveis altos de burnout pessoal (47,5%), e níveis intermediários de burnout relacionado ao trabalho (56,2%) e burnout relacionado ao cliente (50%). Foi observada correlação positiva estatisticamente significante entre o aumento da carga horária semanal (ultrapassando as 30 horas) e o burnout pessoal (r = 0,25; p = 0,03). Não foi possível observar correlação entre os domínios do CBI e as demais características. Conclusão: Houve correlação positiva entre carga laboral elevada e a prevalência de SB em enfermeiros. Há a necessidade de estudos que indiquem uma melhor condição de trabalho para os enfermeiros, buscando estratégias focadas na prevenção do estresse laboral.
Objective: The term “burnout” describes a syndrome developed in people exposed to chronic work stress situations. Among public health professions, nursing is considered the fourth most stressful. This study aimed to evaluate the prevalence of Burnout Syndrome (BS) in nurses at the Monsenhor Walfredo Gurgel Hospital in Natal – RN. Methods: Quantitative, cross-sectional, prospective and analytical study, in 80 nurses from July to August 2019. A socioeconomic questionnaire and the Copenhagen Burnout Inventory (CIB) were applied, with 19 items that reflected levels of professional burnout, this scale being categorized as low, intermediate and high burnout. Results: Most of the interviewees were female (92.5%), with an average of 38.7 years, married (63.8%), with a specialization in the area (65%), and two jobs (53.8% ). There was a higher prevalence of high levels of personal burnout (47.5%), and intermediate levels of work-related burnout (56.2%) and client-related burnout (50%). A statistically significant positive correlation was observed between the increase in weekly workload (exceeding 30 h) and personal burnout (r = 0.25; p = 0.03). It was not possible to observe a correlation between the CBI domains and the other characteristics. Conclusion: There was a positive correlation between the high workload and the prevalence of BS in nurses. There is a need for studies that indicate a better working condition for nurses, seeking strategies focused on preventing occupational stress.