Sá-Carneiro: Vontade de morte, saudade de vida

Anuário De Literatura

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Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
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ISSN: 21757917
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Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Sá-Carneiro: Vontade de morte, saudade de vida

Ano: 2016 | Volume: 21 | Número: 2
Autores: Maria Elvira Brito Campos
Autor Correspondente: Anuário de Literatura | [email protected]

Palavras-chave: dispersão, sá-carneiro, morte

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Resumo Português:

O presente trabalho contempla a elaboração da ideia de morte no poema "Dispersão" de Mário de Sá-Carneiro. A análise e interpretação pretendem oferecer uma leitura crítica dos aspectos inerentes à inquietação/obsessão do sujeito lírico frente ao tema apresentado. A delicadeza da poesia de Sá-Carneiro, em alguns momentos “preparatória para a morte”, permite uma visão labiríntica, embutida, condicionada à quebra de limites, o que é exemplificado em seus poemas. Daí o cotejo da ideia de morte como perpetuação de um instante, independentemente dos resultados que essa ruptura possa revelar. Assim, trazer a lume o poema Dispersão é entendê-lo como um belo exercício de observação da circularidade, do movimento, da sinuosidade, do eterno retorno. As reticências, a luminosidade, as entradas e saídas em estados de alma controversos, tudo isso constitui a rápida duração da vida do poeta, enquanto sua poesia, como tecelãs de um puzzle que estamos sempre tentando montar, continua a nos entreter, um século após ser escrita, imortalizando o poeta que tanto se recusou a viver.