RUMO A UMA FORMAÇÃO SOCIAL DO ENGENHEIRO: CRÍTICA ÀS NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES DE ENGENHARIA

Revista Trabalho & Educação

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ISSN: 2238037X
Editor Chefe: Hormindo Pereira de Souza Júnior
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar

RUMO A UMA FORMAÇÃO SOCIAL DO ENGENHEIRO: CRÍTICA ÀS NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES DE ENGENHARIA

Ano: 2021 | Volume: 30 | Número: 2
Autores: J. Aravena-Reyes
Autor Correspondente: J. Aravena-Reyes | [email protected]

Palavras-chave: dcn, indústria 4.0, formação social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Engenharia são uma recente conquista dos setores governamentais, industriais e acadêmicos do Brasil. O amplo acordo alcançado revela a existência de uma perspectiva consensual de sociedade que, embora não explicitada na normativa, aparece de forma autoevidente. As novas diretrizes parecem equacionar vários endêmicos problemas da formação, ao mesmo tempo que apontam para outras demandas oriundas da atual realidade, a qual exige a formação de mais e melhores engenheiros mediante, entre outras medidas, o desenvolvimento de competências soft skills. Este artigo propõe uma discussão crítica no espaço estabelecido entre o modelo de sociedade que implicitamente consideram as diretrizes e as demandas por uma ampla formação social dos engenheiros, para favorecer o desenvolvimento adequado dessas competências, ditas comportamentais. Se argumenta que, sem uma formação social ampla, ao formação do engenheiro pode ajudar a consolidar um modo cognitivo atrofiado, impedindo à Engenharia Nacional de promover seus próprios caminhos. Conclui-se sobre a necessidade de uma formação social que favoreça o surgimento da inventividade engenheiril como forma de ampliar as possibilidades de promover modos de vida alternativos aos modos de vida hegemônicos que, implicitamente, promovem as novas diretrizes.



Resumo Inglês:

The new National Curricular Guidelines for the Engineering Undergraduate Course are a recent achievement of the governmental, industrial and academic sectors in Brazil. The broad agreement obtained reveals the existence of a consensual perspective of the society that, although not explained in the normative text, appears in a self-evident way. The new guidelines seem to solve several formative's endemic problems, while are pointing to other demands arising from the current reality, which requires the formation of more and better engineers through, among other actions, the development of soft skills. This article proposes a critical discussion in the space established between the model of society implicitly considered by the guidelines and the demands for a broad social formation of the engineers, in order to promote the adequate development of these competencies. It is argued that, without a broad social formation, the formation of the engineer can help to consolidate a stunted cognitive mode, preventing National Engineering from promoting its own paths. It is concluded about the need for a social formation that encourages the emergence of engineering inventiveness as a way to expand the possibilities of promoting alternative ways of life from the hegemonic one that, implicitly, the new guidelines promote.