Revolucionários em tempos contrarrevolucionários: desenvolvendo a consciência nacional fanoniana no século XXI

Meritum

Endereço:
Rua Cobre, 200 - Cruzeiro
Belo Horizonte / MG
30310-190
Site: http://www.fumec.br/revistas/meritum
Telefone: (31) 3228-3110
ISSN: 1980-2072 (Impressa)
Editor Chefe: Prof. Sérgio Henriques Zandona Freitas
Início Publicação: 01/06/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Direito

Revolucionários em tempos contrarrevolucionários: desenvolvendo a consciência nacional fanoniana no século XXI

Ano: 2013 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Jane Anna Gordon
Autor Correspondente: Jane Anna Gordon | [email protected]

Palavras-chave: consciência nacional, revolução, contrarrevolução, fanon, rousseau

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Fanon não apenas narra a efetividade de uma luta
anticolonial no seu texto, mas também esboça os vários
desafios, frequentemente dialéticos, para se reestruturar uma
sociedade de baixo para cima. A característica mais marcante
e evidente neste último aspecto é o desenvolvimento do que
Fanon sugestivamente denominou de consciência nacional,
cujo significado e contínua utilidade constituem o foco deste
artigo. Apesar de muitas pessoas terem aceitado como realidade
as posições ideológicas que serviram de esteio ao neoliberalismo,
2011 começou com um turbilhão de insurreições, movendose
contagiosamente pelas regiões do Norte da África onde o
Fanon que estudamos pensou, viveu e escreveu. Tunisianos e
egípcios chamaram seus esforços de revolucionários. O mais
extraordinário é a aparente impossibilidade de combater as normas
contrarrevolucionárias sem qualquer noção de vontade geral ou
de consciência nacional, de exigências vinculadas à preservação
de uma identidade política discreta menor que o globo, mas que
medeia entre formas mais particulares e menores de identidade
e sensação de pertencimento a uma comunidade.



Resumo Inglês:

Fanon’s text not only chronicles the effectiveness
of an anti-colonial struggle, but also outlines the various, often
dialectical, challenges of restructuring a society from the bottom
up. The most striking and evident feature in the latter aspect is
the development of what Fanon suggestively termed national
consciousness, whose meaning and ongoing usefulness are the
focus of this article. Although many people have accepted as
reality the ideological positions that underpin neoliberalism,
2011 opened with a spate of uprisings, moving contagiously
through parts of North Africa, where the Fanon we study thought,
lived, and wrote. Tunisians and Egyptians have considered his
efforts as revolutionary. More striking is the apparent inability
to counter counter-revolutionary norms without some notion of
the general will or national consciousness, of demands linked to
preserving a discreet form of political identity that is smaller than
the globe, but that mediates between more particular and smaller
forms of identity and a sense of belonging to a community.