Retórica, paisagem e comunicação: paisaginário e paisageria nas crônicas paulistas de Caio Fernando Abreu

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ISSN: 16770943
Editor Chefe: Marlene Branca Sólio
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Semestral

Retórica, paisagem e comunicação: paisaginário e paisageria nas crônicas paulistas de Caio Fernando Abreu

Ano: 2011 | Volume: 10 | Número: 19

Palavras-chave: Retórica, Paisagem, Crônicas, São Paulo, Caio Fernando Abreu

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio propõe um modelo para o entendimento da percepção da paisagem pelos estudos da retórica, da argumentação e do imaginário aplicados às crônicas do escritor Caio Fernando Abreu. Parte-se do princípio de que a difusão de uma paisagem a torna uma construção retórica e que não está isenta de neutralidade. Ela vincula às suas representações tanto as crenças e as intenções quanto as paixões dos seus produtores. Serão propostos dois conceitos para a compreensão dessa experiência estética: paisageria e paisaginário. A paisageria é entendida como a força motriz e particularizada do sujeito discursivo. Há um produtor que percebe e comunica a sua paisagem ao outro: um mundo de metáforas e de símbolos no qual a retoricidade está em evidência. Já o paisaginário é um conceito ligado à intimação que o espaço exerce sobre a consciência e, ainda, à influência da paisagem sobre a imaginação humana.



Resumo Inglês:

This essay is an attempt to build a model for understanding the perception of the landscape through
the studies of rhetoric, argumentation and imaginary, all of them applied to the chronicles of the
writer Caio Fernando Abreu. The idea is to start with the following concept: when the perception of
the landscape is communicated to someone, it comes with the beliefs, opinions, judgments and
passions of the subject who produced this information. We propose two concepts to understand this esthetic phenomenon: “landscapenary” (landscape and imaginary) and “landscapegery” (landscape
and imagery). The “landscapegery” (neologism) is linked to the individual force of the discourse, his
needs, desires and retoricity; a world of metaphors and symbols. In the other hand, the “landscapenary”
(neologism) offers to us the force of the space which influences the human consciousness. It
introduce the study of some elements of the sensible landscape with can contribute to build the
human imaginary.