Resposta imune humoral anti-SARS-CoV-2 para diferentes cepas virais após vacinação completa com Sinovac-CoronaVac e Oxford/AstraZeneca (ChAdOx1-S) em uma população de trabalhadores da saúde no Brasil

Revista Uningá

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ISSN: 2318-0579
Editor Chefe: Isaac Romani
Início Publicação: 01/01/2004
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde

Resposta imune humoral anti-SARS-CoV-2 para diferentes cepas virais após vacinação completa com Sinovac-CoronaVac e Oxford/AstraZeneca (ChAdOx1-S) em uma população de trabalhadores da saúde no Brasil

Ano: 2024 | Volume: 61 | Número: Não se aplica
Autores: Maicon Jeferson Silva de Oliveira, Beatriz Birelli do Nascimento, Fernanda de Assis Oliveira, Mahelly Bueno de Almeida, Márcio Rodrigues, Flavia Cristina Cardoso Carvalho, Éric Diego Barioni, Rodrigo Azevedo Loiola, Rômulo Tadeu Dias de Oliveira, Gustavo Henrique Oliveira da Rocha
Autor Correspondente: Rômulo Tadeu Dias de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Anticorpos neutralizantes, ChAdOx1 nCoV-19, CoronaVac, SARS-CoV-2, vacinas contra Covid-19.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma síndrome respiratória global com altas taxas de mortalidade. A vacinação é atualmente o único método comprovado para prevenir a doença, embora o papel dos dados laboratoriais na avaliação da eficácia ainda seja incerto. Este estudo teve como objetivo avaliar os níveis de anticorpos anti-spike e anticorpos neutralizantes após a vacinação completa com Oxford/AstraZeneca (ChAdOx1 nCoV-19) ou CoronaVac em profissionais de saúde no sudeste do Brasil. ChAdOx1 nCoV-19 e CoronaVac induziram anticorpos IgG contra glicoproteína spike (S) em 99,5% e 80,9% dos indivíduos, respectivamente. Anticorpos neutralizantes foram produzidos contra dois grupos de cepas virais: grupo de variantes 1 (Wuhan-Hu-1, Alfa) e grupo de variantes 2 (Beta, Gama), com taxas de neutralização de 88,3% e de 78,2% para ChAdOx1 nCoV-19, de 68,1% e de 48,9% para CoronaVac. Não foram encontradas associações entre os níveis de neutralização e de comorbidades, de idade ou de efeitos colaterais. Observou-se correlação positiva entre as concentrações de anticorpos IgG contra glicoproteínas spike (S) e os níveis de neutralização para ambas as vacinas e as variantes. Estes resultados indicam que ambas as vacinas induziram níveis razoáveis de anticorpos neutralizantes contra variantes do grupo 1, mas apenas ChAdOx1 nCoV-19 manteve níveis aceitáveis contra uma cepa variante. O estudo sugere que a avaliação das respostas vacinais a diferentes cepas patogênicas pode auxiliar no gerenciamento das preocupações da força de trabalho em saúde e melhorar a seleção de vacinas para pacientes específicos, melhorando, assim, as estratégias gerais de vacinação.



Resumo Inglês:

COVID-19, caused by the SARS-CoV-2 virus, is a global respiratory syndrome with high mortality rates. Vaccination is currently the only proven method to prevent the disease, although the role of lab data in assessing efficacy remains uncertain. This study aimed to assess spike-binding and neutralizing antibody levels following full vaccination with Oxford/AstraZeneca (ChAdOx1 nCoV-19) or CoronaVac in healthcare workers in southeastern Brazil. ChAdOx1 nCoV-19 and CoronaVac induced IgG antibodies against trimeric spike glycoproteins in 99.5% and 80.9% of individuals, respectively. Neutralizing antibodies were produced against two viral strains groups: variants group 1 (Wuhan-Hu-1, Alpha) and variants group 2 (Beta, Gamma) with neutralization rates of 88.3% and 78.2% for ChAdOx1 nCoV-19, and 68.1% and 48.9% for CoronaVac. No associations were found between neutralizing levels and comorbidities, age, or side effects. A positive correlation was observed between IgG antibody concentrations against trimeric spike glycoproteins and neutralizing levels for both vaccines and variants. These findings indicate that both vaccines induced reasonable levels of neutralizing antibodies against variants group 1, but only ChAdOx1 nCoV-19 maintained acceptable levels against a variant strain. The study suggests that evaluating vaccine responses to different pathogen strains can aid in managing healthcare workforce concerns and improve vaccine selection, thereby enhancing overall vaccination strategies.