Reprodutibilidade da medida da pressão arterial auscultatória durante o exercício de força

Revista Brasileira De Cineantropometria E Desempenho Humano

Endereço:
Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Desportos / Departamento de Educação Física Campus Universitário
/ SC
88040-900
Site: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/index
Telefone: (48) 3721-6348
ISSN: 1980-0037
Editor Chefe: Edio Luiz Petroski
Início Publicação: 30/11/1999
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Educação física

Reprodutibilidade da medida da pressão arterial auscultatória durante o exercício de força

Ano: 2012 | Volume: 14 | Número: 4
Autores: Danyele Moura de Andrade, Annelise Lins Menêses, Tarciso Rogério Medeiros Almeida, Alessandra de Souza Miranda, Raphael Mendes Ritti-Dias
Autor Correspondente: Danyele Moura de Andrade | [email protected]

Palavras-chave: Exercício físico, Força muscular, Pressão arterial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O método auscultatório tem sido sugerido como opção viável para a medida
da pressão arterial (PA) durante o exercício de força. Todavia, os indicadores de reprodutibilidade
deste método durante o exercício de força ainda não foram estabelecidos. O
objetivo do estudo foi analisar a reprodutibilidade intra e interavaliadores da medida da PA
auscultatória obtida durante o exercício de força. Quatorze sujeitos (24±5 anos; 22,0±2,4
kg/m2; PA sistólica: 116±7 mmHg e PA diastólica: 75±4 mmHg) realizaram três séries
de 15 repetições, com 50% de 1-repetição máxima no exercício extensão de joelhos em
dois momentos distintos (M1 e M2). Antes e durante os séries, a PA sistólica e diastólica
foram medidas em ambos os braços simultaneamente por dois avaliadores. O coeficiente
de correlação intraclasse (ICC) intra-avaliador da PA sistólica foi de 0,75 (0,57–0,86) e
0,76 (0,59–0,87) para os avaliadores 1 e 2, respectivamente. Além disso, os valores da PA
sistólica foram similares entre o M1 e M2, tanto para o avaliador 1 (144±9 vs 146±18,
p=0,08), como para o avaliador 2 (152±9 vs. 153±12, p=0,32). O ICC interavaliadores
da PA sistólica foi 0,68 (0,46 – 0,82) e o da PA diastólica foi de 0,21 (0,11–0,50). Pode-se
concluir que a medida auscultatória da PA sistólica durante o exercício de força apresenta
reprodutibilidade intra e interavaliadores, variando de 0,68 a 0,76, ao passo que a medida
PA diastólica, durante o exercício de força, apresenta baixos níveis de reprodutibilidade.



Resumo Inglês:

The auscultatory method has been suggested as a viable option for blood pressure
(BP) measurement during resistance exercise. However, indicators of reproducibility of this
method during resistance exercise have not been established. This study aimed to analyze
intra- and inter-examiner reproducibility of auscultatory BP measurements obtained during
resistance exercise. Fourteen subjects (24 ± 5 years; 22.0 ± 2.4 kg/m2; systolic BP, 116
± 7 mmHg; diastolic BP, 75 ± 4 mmHg) performed three sets of 15 repetitions of the knee
extension exercise at 50% of their 1-repetition maximum at two different time points (T1
and T2). Before and during exercise, systolic and diastolic BP were measured simultaneously
in both arms by two examiners. The intra-examiner intraclass correlation coefficient (ICC)
for systolic BP was 0.75 (0.57-0.86) and 0.76 (0.59-0.87) for examiners 1 and 2, respectively.
In addition, systolic BP values were similar at T1 and T2 both for examiner 1 (144 ± 9 vs.
146 ± 18, p = 0.08) and examiner 2 (152 ± 9 vs. 153 ± 12, p = 0.32). Inter-examiner ICC
was 0.68 (0.46-0.82) for systolic BP and 0.21 (0.11-0.50) for diastolic BP. It can be concluded
that auscultatory systolic BP measurement during resistance exercise shows intra- and
inter-examiner reproducibility ranging from 0.68 to 0.76, whereas diastolic BP measurement
during resistance exercise shows low reproducibility.