Representação e imperialismo em Edward Said

Mediações

Endereço:
Depto. de Ciências Sociais/Centro de Letras e Ciências Humanas Universidade Estadual de Londrina - Campus Universitário
Londrina / PR
Site: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes
Telefone: (43) 3371-4456
ISSN: 2176-6665
Editor Chefe: Raquel Kritsch
Início Publicação: 01/01/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Sociologia

Representação e imperialismo em Edward Said

Ano: 2010 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: Bruno Sciberras de Carvalho
Autor Correspondente: Bruno Sciberras de Carvalho | [email protected]

Palavras-chave: Representation, Imperialism, Post-colonialism, Culture and Politics

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com base na suposição de que a cultura e as identidades envolvem um processo construído politicamente, discute-se a importância das concepções de representação e imperialismo na obra de Edward Said. O artigo analisa duas propostas gerais do autor. Primeiramente, a tese da centralidade da dimensão cultural nas relações políticas, o que acarreta a revisão de postulados que tomam a cultura ou como mero reflexo de um fenômeno tido por essencial ou como esfera isolada das práticas de poder. Em segundo lugar, examina-se como a concepção de imperialismo do autor serve para se notar formas de identificação que mantêm estruturas de autoridade e hegemonia que, não obstante, podem ser desafiadas por processos de resistência. Por fim, debate-se a validez do caráter aberto da teoria política de Said, que supõe tanto o poder das representações quanto uma ação de contestação política.



Resumo Inglês:

Based on the idea that culture and identities involve a politically built process, the importance of the concepts of representation and imperialism in the work of Edward Said is discussed. The article analyses two of the author’s general proposals. Firstly, the thesis of the centrality of cultural dimension in political relations, which leads to the review of postulates that consider culture as a mere reflection of a phenomena seen as essential or as a sphere isolated from the power practices. Secondly, the study examines how the author’s conception of imperialism is used as a means of identification that keep structures of authority and hegemony, which, in turn, may be defied by processes of resistance. Finally, the validity of the open character of Said’s political theory is debated, which encompasses both the power of representations and an action of political questioning.