O presente artigo tem como objetivo discutir sobre o lugar do povo negro nos espaços de memória bem como quais narrativas são construídas acerca da história desse grupo étnico, tomando como ponto de partida o Museu Histórico Fundação Cultural José de Figueiredo Filho, na cidade de Crato-CE. O embasamento teórico tomou como referência a tese Teatro de memórias, palco de esquecimentos: culturas africanas e das diásporas negras em exposições de Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha, de 2006. A metodologia consistiu em uma visita de campo ao museu, no mês de abril de 2019, com licenciandos bolsistas do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, projeto do qual a autora deste artigo fez parte como supervisora do subprojeto multidisciplinar, o qual tinha como eixos norteadores: Gênero, Raça e Poder. Os procedimentos utilizados foram inicialmente a visita ao referido museu e, posteriormente, roda de conversa para socialização e problematização dos discursos acerca das presenças e das ausências legitimadas por esta instituição acerca do povo negro.