Repertórios organizacionais e mudança institucional: grupos de mulheres e a transformação da política nos EUA, 1890-1920

Revista Brasileira De Ciência Política

Endereço:
Universidade de Brasília - Campus Universitário Darcy Ribeiro - Gleba A - Instituto de Ciência Política - Asa Norte
Brasília / DF
70910-900
Site: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-3352&lng=pt&nrm=iso
Telefone: (61) 3307-2865
ISSN: 1033352
Editor Chefe: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

Repertórios organizacionais e mudança institucional: grupos de mulheres e a transformação da política nos EUA, 1890-1920

Ano: 2010 | Volume: 0 | Número: 3

Palavras-chave: movimentos sociais, organizações de mulheres, sistema político dos estados unidos, repertórios organizacionais, mudança institucional, lobby

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Embora frequentemente se presuma que os movimentos sociais são causa de mudança, as explicações teóricas dominantes conduzem à conclusão oposta. Com vistas a explicar como movimentos contestatórios de fato produzem mudança institucional, este artigo introduz o conceito de repertórios organizacionais. Grupos marginalizados pelas instituições políticas existentes são estimulados a desenvolver modelos de organização alternativos. Esses modelos alternativos, por sua vez, têm maior probabilidade de serem adotados por outros atores políticos na medida em que incorporem formas de organização conhecidas, mas anteriormente não-políticas. Este argumento é ilustrado com uma análise sobre inovação política por grupos de mulheres nos Estados Unidos na virada do século.



Resumo Inglês:

Although social movements are often presumed to cause change, the dominant theoretical accounts lead to the opposite conclusion. To explain how challenging movements do produce institutional change, this article introduces the concept of organizational repertoires. Groups marginalized by existing political institutions have an incentive to develop alternative models of organization. These alternative models, in turn, are more likely to be adopted by other political actors to the extent that they embody familiar, but previously nonpolitical, forms of organization. This argument is illustrated with an analysis of political innovation by women’s groups in the United States at the turn of the century.