Religião e Ciências Psicológicas: considerações críticas

Revista De Estudos Da Religião

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ISSN: 1677-1222
Editor Chefe: Afonso Maria Ligorio Soares e Frank Usarski
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Religião e Ciências Psicológicas: considerações críticas

Ano: 2012 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Jacob A. Belzen
Autor Correspondente: Jacob A. Belzen | [email protected]

Palavras-chave: Relações Psicologia e Religião, critérios epistemológicos e metodológicos, normal versus anormal na Psicoterapia e na Religião.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo traz uma discussão crítica a respeito das relações entre Religião
e Ciências Psicológicas. Adotando um sentido científico para a definição de
uma e outra, Belzen saúda o crescimento em todo o mundo do interesse pelos
estudos da religião e da espiritualidade, mas adverte para a necessidade de se
distinguir rigorosamente o que é mera divulgação do que segue os padrões da
boa metodologia de pesquisa. Faz também uma distinção entre duas concepções
hoje presentes no atendimento médico-psicológico: de um lado, a tendência
psiquiátrica e biomédica e, do outro, a que se orienta para aspectos de tipo
fenomenológico atenta (também!) à questão da espiritualidade e da busca de
sentido do paciente, julgada importante para o atendimento e cura integral do
mesmo. Na atribuição do que cabe ao psiquiatra médico e ao que é atribuição do
profissional que cuida da estabilidade e saúde espiritual, há alguns princípios a
serem observados. Belzen enumera seis deles, apresentando-os e comentando-os
a modo de teses práticas para o discernimento e o trabalho conjunto adequado
entre o médico e o psicólogo chamado a intervir no atendimento.



Resumo Inglês:

The article discusses critically the relations between Religion and the Psychological
Sciences. After presenting his own concepts about each one of them,
the author greets the increasing number of publications in the field of Religion
and Spirituality, especially in the United States, but makes also some critical
remarks. After making a distinction among scientifically based books and other
of the so called Help yourself tendency, he discusses two different theoretical
and practical approaches today present in Psychiatry and Psychotherapy: the
neurobiological and the more phenomenologically oriented view. He defends
that we should make a distinction between them but recognizing also their
distinct roles and competencies. After these preliminary considerations, Belzen enumerates six epistemological theses for the clinical praxis of psychiatrists and
psychotherapists who work in modern health care hospitals and institutions. For
him those guide lines or principles may help the psychoscientists to understand
and distinguish in their daily praxis what is religious and spiritual counseling
from what is psychological and medical care.