A relevância política de alguns princípios do Contato Improvisação
Urdimento
A relevância política de alguns princípios do Contato Improvisação
Autor Correspondente: Pedro Rodrigo Penuela Sanches | [email protected]
Palavras-chave: Contato Improvisação, dança e política, percepção
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Neste trabalho discutimos implicações éticas e políticas que caracterizam a forma de dança conhecida no Brasil como Contato Improvisação, destacando a relevância dos princípios que embasam os seguintes aspectos desta: 1. A dilatação do tempo e a sutilização da percepção, 2. A questão da resistência (ou a resistência em questão), 3. A ruptura com o imperativo da produtividade, 4. A questão (aberta) da comunidade, dos laços coletivos e dos espaços de refúgio. Examinando cada um destes aspectos, salientamos como esta forma de dança subverte os imperativos culturais hegemônicos da aceleração da ação, da densificação da estimulação e da produtividade, bem como permite problematizar e complexificar a noção de resistência e as estratégias de contraposição política e cultural a um status quo, criando, assim, espaços de compartilhamento sui generis, articulados por uma percepção comum e por “verdades éticas” orientadoras do encontro e das relações.
Resumo Inglês:
This paper addresses some ethical and political implications of the dance form called Contact Improvisation, focusing on the relevance of some of its principles regarding: 1. The dilatation of time and subtilization of perception; 2. The question of resistance (or the resistance under questioning); 3. The rupture with the productivity imperative; 4. The (open) question of community, collective binds and spaces of refuge. Examining each one of those aspects, we underline how this dance form contributes to subvert a hegemonic culture of acceleration, densification of stimulation, and productivity, as well as it can complexify the notion of resistance and political strategies of confrontation against a status quo, thus, creating specific spaces of sharing and meeting articulated by a common perception and “ethical truths”.