Neste artigo discutimos como a estratégia de incorporação de elementos que remetem à natureza tem sido aplicada em ambientes expostos na Casa Cor Paraná – mostra de design, arquitetura e paisagismo que ocorre em Curitiba desde 1994. Essa estratégia, historicamente mais associada a espaços destinados às mulheres, tem sido (re)produzida e atualizada na mostra, de forma a constituir noções acerca de feminilidades e masculinidades em intersecção com outros marcadores sociais, tais como idade e profissão. Para discutir essa questão, analisamos fotografias e textos de apresentação de nove ambientes, expostos entre 2003 e 2016. Recorremos ao aporte teórico dos Estudos de Gênero e de uma Teoria da Cultura Material, e construímos nossas análises em diálogo com trabalhos das áreas de História do Design e História da Arquitetura.