Relações de coerência e resolução de anáforas

Revista Linguística Rio

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ISSN: 2358-6826
Editor Chefe: Ademir Veroneze Júnior, Aline dos Santos Oliveira, Amanda Araújo de Moura, Claudio Padua, Dany Gonçalves, Debora de Almeida Pinto, Guilherme Duarte Borges, Jean da Silva Gomes, Raissa Cumán, Rodrigo da Silva Rosa, Sara Adelino, Wellington de Almeida
Início Publicação: 31/08/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Relações de coerência e resolução de anáforas

Ano: 2017 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: N.S.S. Filho G.L.A.S Silva V.W.L. Rodrigues F.N.F Araújo M.C. Godoy
Autor Correspondente: N.S.S. Filho | [email protected]

Palavras-chave: psicolinguística; anáfora; relações coesivas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste trabalho é investigar se, em Português Brasileiro, as relações de coerência entre orações influenciam o processamento pronominal. Através de um experimento de leitura auto-cadenciada baseado no trabalho de Wolf et al. (2004), feito em inglês, investigamos a validade da proposta de Kehler (2002) de que a resolução anafórica está ligada à construção da coerência, e não ao uso de estratégias de natureza unicamente sintática. Não foram encontradas diferenças significativas que corroborassem algum dos modelos de resolução pronominal discutidos. Em nossa conclusão, explicamos esses resultados como motivados por possíveis diferenças tipológicas entre as línguas testadas e enfatizamos que o uso de replicações pode servir a um duplo propósito: ao mesmo tempo em que testa hipóteses da Psicolinguística para avaliar sua universalidade, beneficia a formação inicial do linguista ao colocá-lo em contato com trabalho de campo experimental ainda na graduação.



Resumo Inglês:

This paper intends to investigate, in Brazilian Portuguese, whether coherence relations between clauses can influence pronominal resolution. Using a self-paced reading experiment inspired by Wolf et al. (2004), we explore the validity of Kehler’s (2002) proposal that anaphora resolution is linked to coherence building, and not to the use of syntax-based strategies. Results showed no significant differences that could support neither the coherencebased model nor previously developed syntax-based resolution models. In our conclusion, we interpret these results as motivated by possible typological differences between the studied languages. Furthermore, we emphasize that replications could serve a dual-purpose: testing psycholinguistic hypotheses to verify their universality whilst providing an opportunity for linguists to familiarize themselves with experimental research early on in their education.