Reivindicar e resistir: conflitos coletivos de trabalho de Juiz de Fora (MG) na Justiça do Trabalho durante a ditadura brasileira (1964-1974
Revista Mundos do Trabalho
Reivindicar e resistir: conflitos coletivos de trabalho de Juiz de Fora (MG) na Justiça do Trabalho durante a ditadura brasileira (1964-1974
Autor Correspondente: Paulo Henrique Silveira Damião | [email protected]
Palavras-chave: Justiça do Trabalho, ditadura, Juiz de Fora
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este artigo trata do uso da Justiça do Trabalho pelos trabalhadores da cidade de Juiz de Fora (MG) e suas representações sindicais durante a ditadura militar brasileira. Busca-se compreender o ato de reivindicar por direitos dentro dos tribunais trabalhistas como uma forma de ação e resistência da classe trabalhadora frente às políticas autoritárias da ditadura. Neste sentido, foram utilizados como fontes documentais os processos coletivos de trabalho julgados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT3) entre os anos de 1964 e 1974, período em que por muito tempo a produção acadêmica dedicada aos mundos dos trabalhadores vinculou uma imagem de passividade e subordinação à classe trabalhadora. Dentro desse espectro, o instrumento do poder normativo torna-se fundamental para se pensar em como se deu a acolhida das demandas trabalhistas pelo TRT3.
Resumo Inglês:
This article deals with the use of Labor Justice by the workers of the city of Juiz de Fora (MG) and their trade union representations during the brazilian military dictatorship. It seeks to understand the act of claiming for rights within the labor courts as a form of action and resistance of the working class against the authoritarian policies of the military governments. In this sense, the collective labor lawsuits judged by the Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região (TRT3) between 1964 and 1974 were used as documentary sources, a period in which the academic production dedicated to the worlds of the workers linked an image of passivity and subordination to the working class. Within this spectrum, the instrument of normative power becomes fundamental to think about how the reception of the labor demands by the TRT3 was given.
