Este trabalho busca analisar as políticas públicas desenvolvidas, no mundo do trabalho, para reinserção social de mulheres que estão em situação de privação da liberdade. A ideia é refletir esta questão a partir de um projeto de pesquisa e extensão que foi desenvolvido na APAC da cidade de Rio Piracicaba. Na lógica da extensão foram realizadas oficinas de formação em economia solidária com as recuperandas, além de várias atividades para viabilizar uma rede de negócios solidários. No que se refere à pesquisa, foi feita revisão bibliográfica, entrevistas e análise documental, para coletar os dados. Apesar do projeto ainda está em andamento, pode-se analisar várias questões a respeito da reinserção social e do empoderamento de mulheres que estão no sistema carcerário, neste caso na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC). A realidade do sistema prisional no Brasil é perversa, não se tem uma estrutura que de fato recupere as pessoas, contribuindo com a lógica do senso comum de que “bandido bom é bandido morto”. A experiência com a APAC aponta que é possível reinserir a mulher no convívio social, superando os preconceitos e criando alternativas pela via do mundo do trabalho, a partir dos pressupostos da economia solidária.