A Região Nordeste e a utopia do desenvolvimento econômico

Reflexões Econômicas

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ISSN: 2447-9705
Editor Chefe: Sócrates Jacobo Moquete Guzmán
Início Publicação: 31/08/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Economia

A Região Nordeste e a utopia do desenvolvimento econômico

Ano: 2016 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: S. R. R. Lima, R. C. S. Barreto
Autor Correspondente: S. R. R. Lima | [email protected]

Palavras-chave: Nordeste; desigualdade; crescimento; desenvolvimento; modernização.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é analisar o comportamento econômico e social da região Nordeste de meados do século XX e século XXI. A metodologia adotada procurou atender à análise das variáveis centrais – e seus respectivos cruzamentos - adotadas por Furtado sobre o enfoque teórico do subdesenvolvimento, através de sua apresentação na forma de tabelas e gráficos. Utilizou-se também como metodologia o Vw de Williamson e os intervalos quartílicos de renda para os municípios do Nordeste. A sua evolução histórica é marcada pelo atraso econômico e social e pelas disparidades econômicas regionais que repercutiram em desigualdades sociais regionais profundas. É inegável que nos últimos 50 anos esta região teve crescimento significativo, embora a questão das desigualdades intra e
interregionais permanecessem. A possibilidade de correção das desigualdades foi pensada em meados de 1950, colocando-se em prática a partir da industrialização do Nordeste. Dos dados apresentados observou-se que apesar da industrialização, a mesma mantém-se em atraso relativo em relação ao Sul do país, pelo alto nível de pobreza e de desigualdade que ainda perdura quando comparado aos estados da região Sul e Sudeste, apesar dos avanços. A industrialização foi mais um processo de abertura à valorização do capital, aumento da concentração da renda em nível intra-regional (classes e estados) e inter-regional. A concentração fundiária é um elemento que ainda perdura e que, de certa forma, foi reforçado com a modernização de alguns setores da agropecuária. Desta forma, o desenvolvimento ainda é uma utopia.



Resumo Inglês:

The objective of this paper is to analyze the economic and social behavior in the Northeast region of the mid-twentieth and twenty-first century. The adopted methodology sought to analyze the central variables - and their respective crosses - adopted by Furtado on the theoretical approach of underdevelopment, through their presentation in the form of tables and graphs. Also used as methodology was the Williamson Vw and the quartilic income intervals for the municipalities of the Northeast. Its historical evolution is marked by economic backwardness and the regional economic disparities that had repercussions on deep regional inequalities. Undoubtedly in the last 50 years this region has significant growth, although the question of intra- and interregional inequalities remain. The possible correction of inequalities was thought in the mid 1950s, putting into practice from the industrialization of the Northeast. From the data presented, it was observed that, despite the industrialization, it remains relatively behind the South, due to the high level of poverty and inequality
that still persists when compared to the states of the South and Southeast, despite the advances. But despite this, it remains in relative backwardness compared to the south of the country, the high level of poverty that still endures. Industrialization was more a process of opening up to capital appreciation, an increase in intra-regional (class and state) and interregional income concentration. Land concentration is an element that still persists and, to a certain extent, has been reinforced by the modernization of some agricultural sectors. In this way, development is still a utopia.