Reflexões sobre Água, Sabão e Conhecimento: Aprendizagem Organizacional na Prática das Serventes de Limpeza de uma Instituição de Ensino Federal

Teoria e Prática em Administração (TPA)

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ISSN: 2238104X
Editor Chefe: Prof. Dr. Francisco José da Costa
Início Publicação: 30/11/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Administração

Reflexões sobre Água, Sabão e Conhecimento: Aprendizagem Organizacional na Prática das Serventes de Limpeza de uma Instituição de Ensino Federal

Ano: 2017 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: V. T. Santos, M. P. Cassandre
Autor Correspondente: V. T. Santos | [email protected]

Palavras-chave: aprendizagem organizacional, serventes de limpeza, prática, terceirizados, organizational learning, cleaners, practice, outsourced

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em razão da multiplicidade de abordagens e da complexidade do tema, a Aprendizagem Organizacional dificilmente poderia ser entendida por meio de conceitos únicos ou estanques. Um mundo de desafios e possibilidades se abre no estudo dessa temática, e refletir sobre os diversos caminhos faz parte do processo de aproximação do tema. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo conhecer o processo de aprendizagem das serventes de limpeza terceirizadas de uma instituição pública de Ensino Superior, e para alcançá-lo buscam-se respostas para quatro questões específicas: 1.Como as serventes aprenderam sua profissão? 2. Quais os impactos na aprendizagem, de um serviço terceirizado por parte das pesquisadas? 3. Qual a capacidade de interferência da gestão da instituição no processo de aprendizagem? 4. Como conduzir o processo de aprendizagem para solucionar a problemática? Mediante pesquisa qualitativa, composta por entrevistas individuais, grupos focais, bem como a utilização da autoconfrontação simples, observou-se que a aprendizagem do grupo provém de uma prática cotidiana fortemente vinculada às suas histórias de vida. Uma aprendizagem construída no coletivo, por meio das interações sociais, mediada por artefatos físicos e simbólicos e influenciada por uma dupla cultura organizacional, por um juízo estético, por um pensar vinculado ao fazer e por uma capacidade transformadora da própria atividade por parte das sujeitas. Nesse sentido, entende-se que uma alternativa apropriada para um futuro trabalho seria a opção por metodologias intervencionistas em razão de serem capazes de proporcionar um espaço de reflexão e participação, em que as contradições possam ser trabalhadas de forma cíclica, transformando os envolvidos em sujeitos ativos e autores da própria trajetória de mudanças, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.



Resumo Inglês:

Because of the multiplicity of approaches and the complexity of the theme, Organizational Learning could hardly be understood through single or closed concepts. A world of challenges and possibilities opens up in the study of the thematic and, to reflect on the different paths, is part of the very process of approaching the theme. Thus, the present article aims to know the learning process of outsourced cleaning servants of a public institution of higher education, and in order to reach it will seek answers to four specific questions: 1. How the servants learned their profession? 2. What are the impacts in the learning, of an outsourced service, by the surveyed? 3. What is the interference capacity of the institution's management in the learning process? 4. How to conduct the learning process to solve the problem? Through a qualitative research, made up of individual interviews, focus groups, and the use of simple self-confrontation, it was realized that the group learning comes from a strongly bound everyday practice to their life stories. A learning built collectively, through social interactions mediated by physical and symbolic artifacts and influenced by a dual organizational culture, an aesthetic judgment, by a thinking bound to do and a manufacturing capacity of their own activity by the subject. In this sense, it is understood that an appropriate alternative for a future work would be the option for interventionist methodologies, because they are capable of providing a space for reflection and participation, in which contradictions can be worked in a cyclical way, transforming those involved in active subjects and authors of their own history of changes, both in the professional and personal.