A reflexão sobre a eficiência dos pressupostos realistas na contemporaneidade através da invasão do Iraque em 2003
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A reflexão sobre a eficiência dos pressupostos realistas na contemporaneidade através da invasão do Iraque em 2003
Autor Correspondente: Leonardo Luiz Silveira da Silva | [email protected]
Palavras-chave: Realismo, Liberalismo, Invasão ao Iraque, Ordem Mundial
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Resumo Português:
Na virada dos séculos XIX e XX, quando Rudolph Kjéllen cunhava o termo geopolÃtica, o realismo polÃtico consagrava-se como uma teoria explicativa dominante para o entendimento das relações de poder em âmbito global. Passadas as duas Grandes Guerras Mundiais, a interdependência das nações pareceu um caminho sem volta, ainda que, durante o perÃodo da Guerra Fria, as oposições ideológicas pudessem colocar limitações polÃticas à integração que já era possÃvel devido aos avanços dos transportes e comunicações. Na década de 1970, o Realismo encontrou na academia, no seio das Relações Internacionais, uma teoria rival com grande poder explicativo para o rearranjo da ordem futura: o Liberalismo, entendido como uma teoria que aponta as instituições internacionais e a interdependência do comércio como forças poderosas no que tange à explicação das relações de poder em âmbito global. Este trabalho pretende apontar, através da invasão do Iraque de 2003, duas maneiras distintas de interpretar o mesmo evento à luz do Realismo e do Liberalismo, objetivando verificar suas limitações em um mundo ainda em transição no que tange à consolidação ou à caducidade de seus pressupostos analÃticos. Para tanto, centra-se nas caracterÃsticas do mundo contemporâneo que vem colocando em xeque alguns dos pressupostos realistas.