Recontar-se em Contos: saberes e vivências em contações de histórias na Educação Não Formal

Revista Educação, Psicologia e Interfaces

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ISSN: 2594-5343
Editor Chefe: Maria Luzia da Silva Santana
Início Publicação: 13/10/2017
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Recontar-se em Contos: saberes e vivências em contações de histórias na Educação Não Formal

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: A.C. Macedo, B.A. Santos, K.R. Lemos
Autor Correspondente: A.C. Macedo | [email protected]

Palavras-chave: Contação de histórias. Educação não formal. Psicologia da Educação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A educação não formal acontece para além dos muros das escolas: trata-se de um universo que atua, sobretudo, com a liberdade e a formação de cidadãos. Com base neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi buscar compreender, em um espaço de educação não formal, de que modo as crianças escutam as histórias, interpretam e constroem estratégias para recontá-las. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratório e corte transversal. Definiu-se uma etapa com bases antropológicas, a partir de um formato etnográfico (observações participantes e registros em diário de campo) e outra mais voltada à proposta de uma pesquisa-ação (atuação do pesquisador como mediador/monitor/educador, na modalidade de contação de histórias). O levantamento de dados ocorreu em um Projeto Social na cidade de Amargosa, Bahia, o Ponto de Leitura, que atende aproximadamente entre 35 e 40 crianças. Foram realizadas 11 oficinas de contação de histórias com a participação de 10 crianças por encontro. Tais vivências permitiram acessar as memórias infantis, os saberes de cada um, assim como suas experiências cotidianas, ao recompor, reconstruir e/ou renegociar concomitantemente a sua autoimagem. Através do universo simbólico apresentado pelas narrativas, as crianças puderam encontrar um meio para recontar seus enredos pessoais. Ali elas edificaram um espaço para catarse, para desabafo, para troca e compartilhamento de angústias, na parceria de um adulto que pôde ser continente a tudo isso, mediando contos, narrativas e sensações, todos permeados pela arte.